"...só viram os que levantaram para trabalhar no alvorecer que foi surgindo..."

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Sobre a morte


De Fernada Young só li um livro e  só a conheço por seu trabalho , pelas séries  televisivas.
Embora não a conhecesse melhor, não lhe acompanhasse nas redes sociais, ao saber da morte dela  ontem , domingo a tarde, quando vi o noticiário,fiquei “mexida”.
Hoje  fiquei pensando...por quê mortes prematuras mexem tanto comigo? Talvez por trazer à tona lembranças de pessoas próximas , queridas que assim se foram; por lembrar que todos os dias esse fato se repete inúmeras vezes ou talvez por expor cruelmente nossa vulnerabilidade, fragilidade.
Então  ... pessoas “ cheias de vida”,de planos ,derrepente se vão, simplesmente desaparecem.
Mistério ...mistérios!
O senso comum nos diz...”chegou a hora...”, “Deus quis assim...”
Eu fico a pensar que Deus quer que todos possam completar o ciclo da vida,envelhecer,cumprir por completo o que vieram fazer aqui.
Quando as pessoas se vão sem previsão, sem dar sinais de que estão indo, parece ,dão a sensação de  não ter completado seus ciclos e de que ainda tinham muito por fazer , viver e foram interrompidos.
Talvez a D. Morte fique a espreita, aproveitando de descuidos que as pessoas cometem em nome dos seus sonhos, trabalho, desafios...e esquecem de si mesmas.
Talvez ela se aproveite do feitiço que a louca rotina lança –nos fazendo nos esquecer que o limiar da vida e da morte é tênue , sutil...
Ah ,D.Morte! Mestra em dar rasteiras...em  colocar-nos em xeque, em deixar-nos boquiabertos,de queixo caído...Faz nos rever conceitos, valores,trilhas...
De natureza democrática coloca a todos em pé de igualdade,com ela não tem mais ,nem menos, tão quanto porém...
Chega, arrasa e arrasta! Agente de grandes lições, aprendizados e transformações.
 E ela segue assim...colada à vida.
Quanto aos que se foram, eles vivem nos que aqui ficaram.
                                                                                                                                       
Ivone T.Cunha.