Embora não a conhecesse melhor, não lhe acompanhasse nas
redes sociais, ao saber da morte dela ontem , domingo a tarde, quando vi o noticiário,fiquei
“mexida”.
Hoje fiquei
pensando...por quê mortes prematuras mexem tanto comigo? Talvez por trazer à
tona lembranças de pessoas próximas , queridas que assim se foram; por lembrar
que todos os dias esse fato se repete inúmeras vezes ou talvez por expor cruelmente
nossa vulnerabilidade, fragilidade.
Então ... pessoas “
cheias de vida”,de planos ,derrepente se vão, simplesmente desaparecem.
Mistério ...mistérios!
O senso comum nos diz...”chegou a hora...”, “Deus quis
assim...”
Eu fico a pensar que Deus quer que todos possam completar o
ciclo da vida,envelhecer,cumprir por completo o que vieram fazer aqui.
Quando as pessoas se vão sem previsão, sem dar sinais de que
estão indo, parece ,dão a sensação de não ter completado seus ciclos e de que
ainda tinham muito por fazer , viver e foram interrompidos.
Talvez a D. Morte fique a espreita, aproveitando de
descuidos que as pessoas cometem em nome dos seus sonhos, trabalho,
desafios...e esquecem de si mesmas.
Talvez ela se aproveite do feitiço que a louca rotina lança –nos
fazendo nos esquecer que o limiar da vida e da morte é tênue , sutil...
Ah ,D.Morte! Mestra em dar rasteiras...em colocar-nos em xeque, em deixar-nos
boquiabertos,de queixo caído...Faz nos rever conceitos, valores,trilhas...
De natureza democrática coloca a todos em pé de
igualdade,com ela não tem mais ,nem menos, tão quanto porém...
Chega, arrasa e arrasta! Agente de grandes lições,
aprendizados e transformações.
E ela segue assim...colada
à vida.
Quanto aos que se foram, eles vivem nos que aqui ficaram.
Quanto aos que se foram, eles vivem nos que aqui ficaram.
Ivone T.Cunha.