Há muito, muito tempo atrás, em um lugar longínquo...
Avistava-se uma
multidão...
Curiosa para saber o que estava acontecendo, fui me
aproximando.
De um olhar feito uma
lente grande angular, fui achegando e como uma teleobjetiva focando no centro
da praça, tentando ampliar e enxergar qual motivo levava tal aglomeração. A
multidão agitada aguardava o “espetáculo". Via-se um tribunal, uma forca e
um rapaz que parecia ser o réu, pois estava acorrentado ao carrasco. Era um
alvoroço total!
Na realidade, não era uma apresentação... uma pessoa
sofreria a pena de morte; a lei seria cumprida.
A multidão dividia-se nas opiniões, uns eram a favor, outros
contra; alguns diziam: cumpra-se a lei! “Juízes” por toda parte...
Uma minoria achava
que este sistema precisava mudar...
E em meio a esse burburinho ouviu-se o brado de que a
cerimônia iria começar. Tudo em praça pública para que servisse de exemplo. Eis
que ao réu foi dado a oportunidade de dizer “uma última palavra”.
O réu então pôs -se a gritar...
Mãe, mãe, mãe ...eu sei que estás aí e está me ouvindo. Eu
quero lhe dizer que, se naquele dia que cheguei em casa com uma agulha que não
era minha, a senhora tivesse me corrigido, eu não estaria aqui hoje e você não
estaria sofrendo essa dor!