"...só viram os que levantaram para trabalhar no alvorecer que foi surgindo..."

sábado, 11 de abril de 2009

A libélula


Encontrei uma libélula na minha sala de trabalho . Olhei – a , desenhei – a e não me dei por contente.Queria tê – la em minhas mãos para examiná – la detalhadamente. Lembrei que havia estado com uma morta em minha mão e não tendo tido o devido cuidado , ( deixei-a ao léu) e ela foi destroçada . Agora seria a minha chance , porém esta estava viva. Queria tê – la mas não tinha coragem de matá-la .
A libélula ficava se debatendo contra a cortina branca , procurando a liberdade.
E eu bem que podia ajudá-la a se libertar , seria simples...mas era cômodo tê- la como presa.Queria – a para mim ! O meu egoísmo impedia – me de vê –la feliz , voando...
Cheguei até mesmo a ter pensamentos maldosos : “ Deixarei – a se debater até morrer , assim , imóvel , terei –a pra sempre!”
Mas o destino soprou a favor da minha presa. Ela insistiu , debateu – se e... o vento entrou movendo a cortina , deixando uma fresta e a bela libélula voou livre ...

Me distraí nos meus pensamentos e quando “retomei a consciência” , percebi que ela havia partido. Mais uma vez os pensamentos inundaram minha mente...Quantas vezes agimos assim , como libélulas? Quantas vezes fomos libélula nas mãos de alguém ????Presa fácil!
Quantas vezes fomos algozes de alguma espécie frágil?
Nem sempre os ventos favorecem as delicadas criaturas ... Nem sempre as criaturas são frágeis como pensam ser...

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