"...só viram os que levantaram para trabalhar no alvorecer que foi surgindo..."
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Homenagem À Associação Mulheres na Comunicação
A Associação Mulheres na Comunicação ( da qual faço parte ) foi homenageada junto com outras instituições e personalidades que trabalham no combate ao racismo e na promoção da igualdade racial. A homenagem aconteceu durante o café da manhã, desta 2ª feira, 22, no Palácio das Esmeraldas e foi promovida pela Superintendência de Promoção da Igu...aldade Racial, órgão ligado a Semira.Veja mais: www.mulheresnacomunicacao.blogspot.com
sábado, 20 de novembro de 2010
Dolores- Mimulus Cia de Dança (MG)
Hoje fui assistir Dolores- Mimulus Cia de Dança (MG),simplesmente maravilhoso.Adorei!!!
É o tipo de espetáculo que tira a gente do lugar comum, faz transcender...Muito bom!!!!!!!!
"Sinopse"
Um espetáculo de dança, no qual a Mimulus visita Dolores (das dores, das pequenas e ridículas dores), embalada no mundo e na trilha sonora dos filmes de Almodóvar. O intenso envolvimento dos bailarinos no processo de pesquisa e de criação que - tomando como empréstimo músicas e cores de Almodóvar, seu humor ácido, sua plasticidade peculiar, seus personagens "demasiadamente humanos" e, claro, assumidamente imperfeitos e distanciado dos padrões – resulta em personagens que dançam. “Dolores” tem direção de Jomar Mesquita e coreografia coletiva da Cia. Teatro.
É o tipo de espetáculo que tira a gente do lugar comum, faz transcender...Muito bom!!!!!!!!
"Sinopse"
Um espetáculo de dança, no qual a Mimulus visita Dolores (das dores, das pequenas e ridículas dores), embalada no mundo e na trilha sonora dos filmes de Almodóvar. O intenso envolvimento dos bailarinos no processo de pesquisa e de criação que - tomando como empréstimo músicas e cores de Almodóvar, seu humor ácido, sua plasticidade peculiar, seus personagens "demasiadamente humanos" e, claro, assumidamente imperfeitos e distanciado dos padrões – resulta em personagens que dançam. “Dolores” tem direção de Jomar Mesquita e coreografia coletiva da Cia. Teatro.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Convite
Terapia Comunitária dia 30/10 (sábado) as 9:00hs no Colégio Orientar(av.:Maria Pestana,nº2055;S.Jardim Balneário M. Ponte).Venham e tragam amig@s!!!
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Artesanato "Olho de Deus""
Artesanato "olho de Deus " e ao fundo as senhoras que os confeccionaram.
Olho de Deus
Artesanato dos povos nativos (índios mexicanos, índios norte americanos, celtas, etc), feito à mão com fios coloridos, que proporciona o equilibrio, a reflexão, a meditação e a serenidade. É um símbolo de proteção espiritual que, por sua beleza e pureza, tem o poder de dissolver as emanações negativas que, porventura, estejam presentes no ambiente onde for colocado. A indicação é pendurá-lo onde se deseja um olhar Divino para maior proteção e amparo (sugestões: quarto dos filhos, do casal, entrada da casa, escritórios, lojas, retrovisor do carro, etc.).O Olho de Deus é um artesanato que decora e embeleza qualquer ambiente.
sábado, 4 de setembro de 2010
Enfeitei- o com flores e sonhos
Acendi incensos , coloquei boa música, meditei
Tudo estava bonito
Estava feliz e alegre
Quis compartilhá-lo com mais alguém
Abri portas e janelas
Um lobo disfarçado de ovelha
No meu santuário adentrou
Aos poucos , com jeitinho , perspicácia foi invadindo o espaço
Ele era tão dócil ,afetuoso que o acolhi
Parecia tão frágil , só , apaixonado pela vida
E fui deixando – o se instalar
O tempo foi passando, quando percebi a ovelha/lobo estava apossando também da minha alma
A paz havia se dissipado
Olhei –me e vi-me com um punhal no peito
Uma cisão havia sido feita
O sangue jorrando corpo afora
A dor ecoando pelos poros
Um vazio se instalara no meu ser
Meus sonhos e flores despedaçados ao chão
O bom cheiro foi substituído por cheiro de morte
A bondosa ovelha se revelou um lobo duro e frio
Num impulso de sobrevivência expulsei –o do meu santuário
Comecei a fazer uma limpeza
E nessa assepsia pedaços de mim se foram
Feridas abertas ainda sangram
Quando se pensa que elas estão se fechando , brotam novas impurezas e tudo redói
Onde foi parar a minha alegria?
Externamente o santuário está restabelecido
Mas no seu interior ainda ressoa a falta de amor de um lobo desalmado.
(Maria Rita Albuquerque)
domingo, 29 de agosto de 2010
Terapia Comunitária
Sábado,28/08/10 , eu e mais duas terapeutas realizamos duas rodas de Terapia Comunitária.Foram momentos de descontração ,alegria , aprendizado e muita emoção. Momentos especiais!!!Fiquei feliz com a minha "estréia" como facilitadora da roda.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
CHORAR OU VENDER LENÇOS?*
CHORAR OU VENDER LENÇOS?*
Maria Tereza Maldonado
“Em época de crise, uns choram e outros vendem lenços”. A origem chinesa da palavra crise significa perigo e oportunidade. Perigo de tornar crônico o desânimo, a desesperança que nos tira as forças e coloca a auto-estima no chão. Oportunidade de abrir novas trilhas, procurar portas abertas em vez de esmurrar a porta que se fechou.
A estrada da vida (das pessoas, das famílias, das empresas e das comunidades) tem trechos de pedra e de asfalto: períodos de grandes dificuldades e épocas em que as coisas andam bem. Há as crises inevitáveis, que precisamos enfrentar, procurando as oportunidades nelas embutidas, e usando a criatividade para encontrar saídas; há as crises criadas pela própria pessoa (ou por toda uma equipe de trabalho), com aquela nuvenzinha cinza em cima da cabeça: “Ó dia, ó vida, ó azar!”. São as crises nutridas pelo pessimismo, pelas mágoas, pelo mau-humor de quem escolhe a infelicidade como guia e se sabota ao primeiro sinal de progresso ou de realização.
Desenvolver a flexibilidade para olhar os mesmos fatos sob diferentes ângulos aumenta a possibilidade de alterar a qualidade de vida de pessoas, famílias, empresas e comunidades: mudando a maneira de olhar, mudamos a maneira de sentir e, por conseguinte, a maneira de agir. Como no caleidoscópio, podemos criar diversas imagens, fazendo pequenos movimentos com as mesmas peças.
Dar oportunidades a nós mesmos e oferecer oportunidades de desenvolvimento a outros: contribuir para a melhoria da auto-estima dos outros ajuda a construir a crença em nossa própria competência.
Para superar as crises pessoais, institucionais e mundiais (como, por exemplo, a crise da água), há uma postura indispensável: parar de reclamar ou de se lamentar e começar a agir, em termos individuais e coletivos. Isto significa participar de uma revolução silenciosa porque ainda não suficientemente divulgada: os projetos sociais bem-sucedidos, que abrem caminhos de esperança e de autodesenvolvimento para milhares de pessoas. Esses projetos precisam se multiplicar com o crescimento da responsabilidade social de pessoas e de empresas em parceria com entidades governamentais e não-governamentais.
Aí está a profunda ligação entre crises, autodesenvolvimento, auto-estima e responsabilidade social. Ao contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pessoas e comunidades, nos desenvolvemos, aumentamos nossa própria auto-estima e criamos novos recursos para atravessar nossas crises particulares. É fascinante acompanhar histórias de pessoas, empresas e comunidades que, demolidas, “dão a volta por cima” e renascem revigoradas, como no mito do fênix que emerge das cinzas. Buscar forças dentro, ao lado e acima de nós, fortalecer nossa resiliência (a capacidade de superar adversidades), tomar a decisão de encarar os obstáculos, descobrir e desenvolver competências individuais e coletivas são as chaves do sucesso para crescer nas crises.
Quais as crises mais importantes que eu atravessei? Quais os recursos que utilizei para superá-las? O quê e quem mais me ajudou nesses momentos? Como posso construir uma “tecelagem de recursos” junto com outras pessoas, para fortalecer a resiliência e a auto-estima? Estas serão as perguntas norteadoras que ampliam os recursos de vida.
E então? O que você acha melhor optar por fazer na crise, chorar ou vender lenços?
* Publicado em O GLOBO, coluna “Recursos Humanos”, Caderno Boa Chance, 1/6/03.
Maria Tereza Maldonado
“Em época de crise, uns choram e outros vendem lenços”. A origem chinesa da palavra crise significa perigo e oportunidade. Perigo de tornar crônico o desânimo, a desesperança que nos tira as forças e coloca a auto-estima no chão. Oportunidade de abrir novas trilhas, procurar portas abertas em vez de esmurrar a porta que se fechou.
A estrada da vida (das pessoas, das famílias, das empresas e das comunidades) tem trechos de pedra e de asfalto: períodos de grandes dificuldades e épocas em que as coisas andam bem. Há as crises inevitáveis, que precisamos enfrentar, procurando as oportunidades nelas embutidas, e usando a criatividade para encontrar saídas; há as crises criadas pela própria pessoa (ou por toda uma equipe de trabalho), com aquela nuvenzinha cinza em cima da cabeça: “Ó dia, ó vida, ó azar!”. São as crises nutridas pelo pessimismo, pelas mágoas, pelo mau-humor de quem escolhe a infelicidade como guia e se sabota ao primeiro sinal de progresso ou de realização.
Desenvolver a flexibilidade para olhar os mesmos fatos sob diferentes ângulos aumenta a possibilidade de alterar a qualidade de vida de pessoas, famílias, empresas e comunidades: mudando a maneira de olhar, mudamos a maneira de sentir e, por conseguinte, a maneira de agir. Como no caleidoscópio, podemos criar diversas imagens, fazendo pequenos movimentos com as mesmas peças.
Dar oportunidades a nós mesmos e oferecer oportunidades de desenvolvimento a outros: contribuir para a melhoria da auto-estima dos outros ajuda a construir a crença em nossa própria competência.
Para superar as crises pessoais, institucionais e mundiais (como, por exemplo, a crise da água), há uma postura indispensável: parar de reclamar ou de se lamentar e começar a agir, em termos individuais e coletivos. Isto significa participar de uma revolução silenciosa porque ainda não suficientemente divulgada: os projetos sociais bem-sucedidos, que abrem caminhos de esperança e de autodesenvolvimento para milhares de pessoas. Esses projetos precisam se multiplicar com o crescimento da responsabilidade social de pessoas e de empresas em parceria com entidades governamentais e não-governamentais.
Aí está a profunda ligação entre crises, autodesenvolvimento, auto-estima e responsabilidade social. Ao contribuir para a melhoria da qualidade de vida de pessoas e comunidades, nos desenvolvemos, aumentamos nossa própria auto-estima e criamos novos recursos para atravessar nossas crises particulares. É fascinante acompanhar histórias de pessoas, empresas e comunidades que, demolidas, “dão a volta por cima” e renascem revigoradas, como no mito do fênix que emerge das cinzas. Buscar forças dentro, ao lado e acima de nós, fortalecer nossa resiliência (a capacidade de superar adversidades), tomar a decisão de encarar os obstáculos, descobrir e desenvolver competências individuais e coletivas são as chaves do sucesso para crescer nas crises.
Quais as crises mais importantes que eu atravessei? Quais os recursos que utilizei para superá-las? O quê e quem mais me ajudou nesses momentos? Como posso construir uma “tecelagem de recursos” junto com outras pessoas, para fortalecer a resiliência e a auto-estima? Estas serão as perguntas norteadoras que ampliam os recursos de vida.
E então? O que você acha melhor optar por fazer na crise, chorar ou vender lenços?
* Publicado em O GLOBO, coluna “Recursos Humanos”, Caderno Boa Chance, 1/6/03.
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Convite-Terapia Comunitária/Roda de Conversa
Se você está cansado(a), chateada (o),triste,estressada(o),entediada(o),solitária(o),pensativa(o),curiosa(o),acomodada(o) ,feliz ...
Venha participar da Terapia Comunitária no dia 28/08/2010 ,as 14:00 horas no Colégio Orientar;av.: Maria Pestana, no Jardim Balneário Meia Ponte.Gratuito!
A Terapia Comunitária é um espaço de partilha , troca, comunhão de vivências e experiências de vida,desafios, sofrimentos,problemas e auto-soluções...enfim ,um espaço de promoção da saúde e da vida.
Neste dia acontecerá também um Bazar com artigos usados em bom estado e preços simbólicos; a renda será destinada a gastos da Associação Mulheres na Comunicação.
Essas atividades estão sendo promovidas pela Associação Mulheres na Comunicação.
Aguardo você!Sua presença é indispensável!
domingo, 8 de agosto de 2010
Vagas para cursos de Artes
Você que gosta de artes(Pintura,Desenho,Música,Teatro,Dança...),ainda dá tempo de começar um curso ...O Centro Livre de Artes ainda conta com vagas em algumas modalidades.O CLA fica na rua 1 /setor Oeste;no Bosque dos Buritis.Informações no fone :3 524 1194.
A AACLA(Associação dos Amigos do Centro Livre de Artes )também oferece vagas para cursos diversos.Acessem o site(www.aacla.org/ )da associação para obter mais informações.A AACLA funciona no mesmo endereço do Centro Livre de Artes.
A AACLA(Associação dos Amigos do Centro Livre de Artes )também oferece vagas para cursos diversos.Acessem o site(www.aacla.org/ )da associação para obter mais informações.A AACLA funciona no mesmo endereço do Centro Livre de Artes.
Revirada Cultural
A Revirada Cultural, será um grande evento com centenas de atrações que a Secretaria Municipal de Cultura está organizando e vai promover a partir do dia 13 de Agosto.Fiquem atentos para a programação,vejam o blog : http://www.reviradaculturalgoiania.blogspot.com/ e participem!!!
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Conhecendo os Lençóis Maranhenses e São Luís do Maranhão.
Era uma vontade antiga conhecer os Lençóis Maranhenses que tanto ouvi falar e as belas paisagens que vi na Tv ,internet,revistas...
A oportunidade chegou nestas férias de julho na companhia de um grupo de educadoras amigas .Lá fomos nós!
Ao alto astral do grupo, à alegria contagiante , ao riso solto , veio se juntar a beleza natural de Lençóis. Magnífico!!!
Esperar hora ,sem um mínimo de "estrutura" (banheiro , água..)para atravessar de balsa a Toyota,é uma situação que fica ofuscada,minimizada diante do esplendor de beleza das dunas , dos lagos de água da chuva,azuis ,de agradável temperatura ...E pra completar , um maravilhoso por do sol.Um paraíso!
A volta , extasiados com tanta beleza, ainda saboreamos uma gostosa tapioca feita e vendida pela população ribeirinha,além de curtir o reggae local .Nem sentimos esperar para atravessar de volta!A farra continuou na trilha percorrida pela Toyota ,transbordávamos alegria !
No dia seguinte , quase uma hora andando de barco , descendo o Rio Preguiça, apreciando a vegetação local, parando nas comunidades de Mandacaru, Caburé...interagindo com o povo da terra, com os micos, macacos, papagaios;tomando água de côco, descansando nas redes ou revivendo a infâcia nos balanços de corda.Toda essa experiência ,esse contato com a natureza revitalizou-nos,repôs as energias gastas na rotina do dia a dia .Tudo muito gostoso!
E São Luís?
A única capital brasileira fundada pelos franceses ,mas com o estilo arquitetônico de Portugal. Os portugueses deixaram como herança os mais de três mil sobrados e casarões dos séc.:XVIII e XIX,que se espalham pelas ruas e praças do Centro Histórico da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.Muitos casarões chamam atenção pelo abandono,pelas fachadas destruídas ou azulejos arrancados.Pena!
A oportunidade chegou nestas férias de julho na companhia de um grupo de educadoras amigas .Lá fomos nós!
Ao alto astral do grupo, à alegria contagiante , ao riso solto , veio se juntar a beleza natural de Lençóis. Magnífico!!!
Esperar hora ,sem um mínimo de "estrutura" (banheiro , água..)para atravessar de balsa a Toyota,é uma situação que fica ofuscada,minimizada diante do esplendor de beleza das dunas , dos lagos de água da chuva,azuis ,de agradável temperatura ...E pra completar , um maravilhoso por do sol.Um paraíso!
A volta , extasiados com tanta beleza, ainda saboreamos uma gostosa tapioca feita e vendida pela população ribeirinha,além de curtir o reggae local .Nem sentimos esperar para atravessar de volta!A farra continuou na trilha percorrida pela Toyota ,transbordávamos alegria !
No dia seguinte , quase uma hora andando de barco , descendo o Rio Preguiça, apreciando a vegetação local, parando nas comunidades de Mandacaru, Caburé...interagindo com o povo da terra, com os micos, macacos, papagaios;tomando água de côco, descansando nas redes ou revivendo a infâcia nos balanços de corda.Toda essa experiência ,esse contato com a natureza revitalizou-nos,repôs as energias gastas na rotina do dia a dia .Tudo muito gostoso!
E São Luís?
A única capital brasileira fundada pelos franceses ,mas com o estilo arquitetônico de Portugal. Os portugueses deixaram como herança os mais de três mil sobrados e casarões dos séc.:XVIII e XIX,que se espalham pelas ruas e praças do Centro Histórico da cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.Muitos casarões chamam atenção pelo abandono,pelas fachadas destruídas ou azulejos arrancados.Pena!
Tivemos o privilégio de estar lá na época do evento Vale Festejar ,onde acontece várias apresentações de danças folclóricas , do Bumba -Meu-Boi .A decoração típica muito legal e o figurino das apresentações muito bem cuidado e preparado.Me encantei vendo a tradição sendo transmitida e perpetuada com os pequeninos , quase bebês, que já integram os grupos;com a alegria e o prazer escancarado dos "brincantes".É contagiante! Neste evento também havia barracas com comidas típicas e foi possível experimentar o prato típico do local , o arroz de cuxá.
Depois de uma vivência tão energizante, prazerosa, so me resta reverenciar o meu País por tantas belezas naturais , culturais e pelo seu povo simples , forte , vívido!
segunda-feira, 12 de julho de 2010
"Trechos para reflexão"
"Precisamos romper a estrutura psicótica de querer que o mundo gire na órbita de nós mesmos."
"Precisamos respeitar as diferenças e permitir que cada pessoa construa a sua própria história , tenha sua própria órbita."
"A realidade preserva o "eu " , alicerça a estrutura da personalidade , consolida nossa maneira de ser , pensar , enxergar o mundo e a nós mesmos."
"O individualismo , por sua vez, é a primeira caracteristica doentia da personalidade .Representa viver para si , procurar o sucesso somente para se satisfazer , explorar a sociedade sem dar quase nada em troca."
"Somente alguém que ama a si mesmo de maneira saudável pode amar os outros de forma saudável .Quem é mal resolvido não tratará os outros com afeto .Quem se pune dificilmente poupará os outros."
"O prazer de contribuir com o outro é um dos mais finos paladares da existência."
"Toda vez que a vida está em risco , sobreviver sobrepuja a sede de saber."
(Ravi)
"Precisamos respeitar as diferenças e permitir que cada pessoa construa a sua própria história , tenha sua própria órbita."
"A realidade preserva o "eu " , alicerça a estrutura da personalidade , consolida nossa maneira de ser , pensar , enxergar o mundo e a nós mesmos."
"O individualismo , por sua vez, é a primeira caracteristica doentia da personalidade .Representa viver para si , procurar o sucesso somente para se satisfazer , explorar a sociedade sem dar quase nada em troca."
"Somente alguém que ama a si mesmo de maneira saudável pode amar os outros de forma saudável .Quem é mal resolvido não tratará os outros com afeto .Quem se pune dificilmente poupará os outros."
"O prazer de contribuir com o outro é um dos mais finos paladares da existência."
"Toda vez que a vida está em risco , sobreviver sobrepuja a sede de saber."
(Ravi)
domingo, 6 de junho de 2010
IV Jornada Goiana de Arteterapia
Outra Conferência bem interessante foi : “Arteterapia e acompanhamento terapêutico: um casamento interessante”com a Dr. Maria Cristina Urrutigaray (RJ) e Psic. Karina da Costa Ocanha Lopes (RJ).Elas apresentaram um caso de portador da síndrome de aspeger onde foi feito um tratamento utilizando arteterapia e clínica peripatética.Mas... o que é clínica peripatética?
A expressão peripatética resulta-nos inspiradora para pensar uma série de experiências clínicas realizadas fora do consultório, em movimento. peripatético no sentido primeiro: conversação que ocorre durante um passeio.
A Escola peripatética era constituída pelos discípulos de Aristóteles que fundaram o Liceu e, que abandonaram, ao se sedentarizar o sentido original da palavra.
São indicadas para pessoas que não se adaptam aos protocolos clínicos tradicionais: toxicômanos, violentos, esquizofrênicos velhos ou jovens, principalmente estes últimos cujos dispositivos psiquiátricos, pedagógicos ou psicológicos não funcionam.
Vai ao encontro de famílias em grande dificuldade, às vezes de surpresa, transitamos pelas cidades com pacientes psicóticos, transpomos os portões de clínicas e hospícios, transbordamos os consultórios.
A expressão peripatética resulta-nos inspiradora para pensar uma série de experiências clínicas realizadas fora do consultório, em movimento. peripatético no sentido primeiro: conversação que ocorre durante um passeio.
A Escola peripatética era constituída pelos discípulos de Aristóteles que fundaram o Liceu e, que abandonaram, ao se sedentarizar o sentido original da palavra.
São indicadas para pessoas que não se adaptam aos protocolos clínicos tradicionais: toxicômanos, violentos, esquizofrênicos velhos ou jovens, principalmente estes últimos cujos dispositivos psiquiátricos, pedagógicos ou psicológicos não funcionam.
Vai ao encontro de famílias em grande dificuldade, às vezes de surpresa, transitamos pelas cidades com pacientes psicóticos, transpomos os portões de clínicas e hospícios, transbordamos os consultórios.
A arte algumas vezes cura, em outras alivia, mas sempre consola
Um dos conferencistas da Jornada Goiana de Arteterapia foi o Dr Paulo Barreto Campello de Mello- médico com pós-graduação em Clínica Médica e Pneumologia, é professor da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE) e vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina e Arte. Co-autor do livro A Receita da Vida -A Arte na Medicina (Edupe), integra a Orquestra de Médicos do Recife.Paulo falou sobre “Arte na Medicina: da mitologia à contemporaneidade” .Muito interessante! Você pode ler sobre o programa criado há 12 anos na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (UPE): "A arte na medicina às vezes cura, de vez em quando alivia, mas sempre consola". São dez projetos, que já beneficiaram cerca de 30 mil pacientes de hospitais universitários e da rede SUS e demonstraram que a arte é arma poderosa no tratamento e na prevenção de doenças.É só acessar o link:
www.caras.com.br/a-arte-algumas-vezes-cura-em-outras-alivia-mas-sempre-consola/
www.caras.com.br/a-arte-algumas-vezes-cura-em-outras-alivia-mas-sempre-consola/
domingo, 30 de maio de 2010
Alice no País das Maravilhas: O Filme de 2010. Uma Crítica Psicológica Feminista.
Recebi esta análise e repasso.Gostei muito do filme de Tim Burton e também dessa análise.Vale a pena ler.E no mais.... ACORDA ALICE !
BOAS LONJURAS!!!!
Bjs,
Ivone
Alice no País das Maravilhas: O Filme de 2010. Uma Crítica Psicológica Feminista.
Adriana Tanese Nogueira
Parabéns ao diretor do filme, Tim Burton. A nova Alice no País das Maravilhas tem tudo o que precisamos para dar o salto para o próximo nível psicológico da libertação da mulher. Com apurados efeitos visuais e as mudanças apropriadas à história original, esta sumariza a jornada da heroína rumo à terra das maravilhas. Este filme lembrou-me de Yentl
, um filme dos anos 80, com Barbara Streisand como principal protagonista representando uma moça judia que disfarçou-se de homem para poder seguir seu amor pelo conhecimento. Desta vez, quase trinta anos depois, o que queremos são maravilhas. Queremos frescor, supresa e encantamento. Não estamos mais satisfeitas com o velho conhecimento de sempre, que, a propósito, é feito pelos graves e rígidos estudiosos homens. Este não é o caminho feminino. Aquilo foi seu começo, a prehistória da libertação das mulheres. Para poder avançar, as mulheres agora devem libertar-se das correntes internas que as seguram, e entrar no país das maravilhas.
Vamos analisar o filme para compreender o padrão da jornada interior das mulheres. Para começar, Alice tem um pai visionário. Como escrevi recentemente (Anima e Animus. Nossos país dentro de nós ), a figura paterna representa o mundo das idéias para a garota. Tendo uma mente inventiva, o pai de Alice endossa os estranhos sonhos da filha. “As pessoas loucas são sempre as melhores”, ele acrescenta. E isto é verdade, pois as novas idéias frequentemente parecem loucuras, mas sem elas estaríamos todos ainda na Idade da Pedra Lascada. Agora, saber disso na forma de uma afirmação geral é uma coisa; outra totalmente diferente é viver esta realidade numa vida de pessoa normal. Qualquer pessoa diferente de seu ambiente sabe o quanto é difícil confiar em si e manter firme a própria visão das coisas. Assim Alice.Não é suficiente sentir-se diferente do modelo social de um determinado momento histórico. Quando uma mulher deixa a infância e entra no mundo adulto onde ela tem que tomar decisões e definir sua vida, ter tido uma criação propícia lhe dá o forte sentimento de desconforto no assim chamado mundo “apropiado” - que é o jeito tradicional e embolorado de ser que vai adiante por inércia. Chega a hora em que uma garota precisa falar por si mesma e defender quem é.Vamos dizer a verdade. Este é o momento de encarar o próprio mundo interior, não sonhos e fantasias, mas o real, verdadeiro e poderoso mundo interior, que clama sua existência e sua própria lógica. Sem fazer isso, a única escolha que uma mulher tem é o de encaixar-se em papeis pré-estabelecidos e desistir de sua unicidade.
Alice, que é esquisita o suficiente para seguir o coelho/sua imaginação, começa sua jornada. O processo consiste em dois aspectos interconexos: a descoberta de quem é e o tornar-se corajosa. Quem ela é significa o que ela sempre foi mas perdeu ou esqueceu por causa da ocorrência de crescer num ambiente social onde é dito às crianças como devem pensar, comportar-se e sentir. Na educação tradicional (seja na família que na escola), desenvolvimento coincide com ser formatados em moldes pré-determinados dando pouca atenção ao que a criança é dentro de si mesma. Os papeis sociais são lentos assassinos a sangue frios.O filme mostra a dúvida a respeito de Alice: é ela a verdadeira Alice ou somente uma impostora? Este é a idéia principal como é nossa questão central na vida: somos reais? Ou só palhaços fingindo ser aquilo que exibimos a todos? Somos verdadeiros e confiáveis? Vamos conseguir?
Para ajudar Alice a encontrar a si mesma, a história desdobra-se entre medo e compaixão. Mais e mais, Alice vai se dando conta que depende dela a salvação de seus queridos, primeiro de todos o Chapeleiro Louco - a representação das idéias malucas que ela andou chocando por toda sua vida. O Chapeleiro Louco é seu Animus, que pôde existir tão colorido e imprevisível graças ao apoio do pai de Alice. E Alice precisa salvá-lo.Isto lembra-me um sonho que eu tive nos meus primeiros anos de análise pessoal. Tinha cerca de 18 anos na época. O sonho começa comigo conversando com um rapaz perto de um carro. Depois o sigo para dentro de um edifício. Encontro-me num apartamento em andar alto, onde vive uma família normal, comum. Descubro que há um homem louco trancado no banheiro. Ele tem sido mantido lá há muito tempo. O banheiro é o lugar onde nos limpamos e descarregmos as partes de nós não quistas. Liberto o homem. Ele vai a uma janela próxima que está aberta. Ficamos lá e eu olho para ele. Ele fixa a distância, daí pega um telescópio e olha além do mar, muito além. Esta era sua loucura: ele podia ver além das interpretações e compreensões da vida superficiais. Sua vista é profunda e não convencional. Como sabemos, esta visão é altamente desconfortável para aqueles que preferem “manter quieto”, e temem perguntas. Salvar o Chapeleiro Louco significa, para Alice, comprometer-se consigo mesma e com a tarefa que ela tem adiante: soltar sua vida de qualquer pensamento julgador. E aqui entra a diferença entre a Rainha Vermelha e a Branca. A primeira é o aspecto negativo do arquétipo da mãe, a mulher patriarcal que inflacionou sua cabeça com idéias repetitivas. Ela impõe dogmas, crenças não-questionáveis a suas crianças e a todos que estiverem à sua volta. O resultado é gente falsa e covarde. Por causa dela, o Chapeleiro é Louco e todo Animus Criativo vive trancado nos banheiros das casas das famílias respeitáveis. A Rainha Vermelha representa a consciência coletiva, com inteligência tão encolhida quanto inchados são seus pensamentos manipuladores. Ela também mostra belamente a ambiguidade do amor. Em nome do amor, escorreu sangue nas guerras e lágrimas no desespero. A Rainha Branca, do outro lado, é simplesmente a Bruxa que desafia a histórica idéia patriarcal sobre bruxas vestidas de preto e sendo más. Ela é o Feminino não submetido à lógica patriarcal. Foi posta de lado, não destruída, mas vive num mundo separado. É aqui que Alice encontra seu tamanho certo - nem muito reduzida, nem muito inflacionada -, e suporte. Aqui é a terra que dá raízes à Nova Mulher.Chegar à Rainha Branca não é suficiente. Falta lutar contra o monstro. Esta é uma luta real que toda mulher tem que assumir se quiser seguir sua alma. Enquanto ato real no mundo, este requer coragem. Para vencer o monstro Alice precisa da espada. Espadas são o símbolo do pensamento discriminador, uma das coisas mais preciosas que há. Sem ele, a coragem é vaidade e cegueira. Uma garota pode instintivamente rejeitar uma situação como perigosa para sua personalidade. Entretanto, uma mulher deve ir além disso, ela precisa saber porque ela não gosta a fim de poder tomar as decisões apropriadas. Esta é a espada ao trabalho: ela distingue e separa. Torna sentimentos fortes e obscuros em idéias afiadas e em límpida visão acerca da vida. Assim fazendo, Alice encontra sua identidade e a filosofia de sua existência.Com esta espada Alice luta contra o monstro. A face feia da consciência coletiva que impõe papeis e valores, que tenta moldar e julgar, diminuir e barganhar, manipular e destruir a criatividade. A luta com espada é diferente daquela com a clava, como as que Hércules fazia golpeando de todos os lados como um maluco (não é uma coincidência que ele ficou realmente louco numa ocasião). A espada representa uma luta sofisticada e consciente, baseada na inteligência e que também exige coragem e determinação.
Golpe final, “E corto tua cabeça,” diz Alice, baixando a espada no longo pescoço do monstro. A batalha está vencida. Agora ela está livre. Para que? Precisamente, livre de dizer não aos papeis tradicionais e livre para dar início à jornada de sua vida. Única, preciosa e totalmente individualizada. E aqui, a metamorfósis está completa.
BOAS LONJURAS!!!!
Bjs,
Ivone
Alice no País das Maravilhas: O Filme de 2010. Uma Crítica Psicológica Feminista.
Adriana Tanese Nogueira
Parabéns ao diretor do filme, Tim Burton. A nova Alice no País das Maravilhas tem tudo o que precisamos para dar o salto para o próximo nível psicológico da libertação da mulher. Com apurados efeitos visuais e as mudanças apropriadas à história original, esta sumariza a jornada da heroína rumo à terra das maravilhas. Este filme lembrou-me de Yentl
, um filme dos anos 80, com Barbara Streisand como principal protagonista representando uma moça judia que disfarçou-se de homem para poder seguir seu amor pelo conhecimento. Desta vez, quase trinta anos depois, o que queremos são maravilhas. Queremos frescor, supresa e encantamento. Não estamos mais satisfeitas com o velho conhecimento de sempre, que, a propósito, é feito pelos graves e rígidos estudiosos homens. Este não é o caminho feminino. Aquilo foi seu começo, a prehistória da libertação das mulheres. Para poder avançar, as mulheres agora devem libertar-se das correntes internas que as seguram, e entrar no país das maravilhas.
Vamos analisar o filme para compreender o padrão da jornada interior das mulheres. Para começar, Alice tem um pai visionário. Como escrevi recentemente (Anima e Animus. Nossos país dentro de nós ), a figura paterna representa o mundo das idéias para a garota. Tendo uma mente inventiva, o pai de Alice endossa os estranhos sonhos da filha. “As pessoas loucas são sempre as melhores”, ele acrescenta. E isto é verdade, pois as novas idéias frequentemente parecem loucuras, mas sem elas estaríamos todos ainda na Idade da Pedra Lascada. Agora, saber disso na forma de uma afirmação geral é uma coisa; outra totalmente diferente é viver esta realidade numa vida de pessoa normal. Qualquer pessoa diferente de seu ambiente sabe o quanto é difícil confiar em si e manter firme a própria visão das coisas. Assim Alice.Não é suficiente sentir-se diferente do modelo social de um determinado momento histórico. Quando uma mulher deixa a infância e entra no mundo adulto onde ela tem que tomar decisões e definir sua vida, ter tido uma criação propícia lhe dá o forte sentimento de desconforto no assim chamado mundo “apropiado” - que é o jeito tradicional e embolorado de ser que vai adiante por inércia. Chega a hora em que uma garota precisa falar por si mesma e defender quem é.Vamos dizer a verdade. Este é o momento de encarar o próprio mundo interior, não sonhos e fantasias, mas o real, verdadeiro e poderoso mundo interior, que clama sua existência e sua própria lógica. Sem fazer isso, a única escolha que uma mulher tem é o de encaixar-se em papeis pré-estabelecidos e desistir de sua unicidade.
Alice, que é esquisita o suficiente para seguir o coelho/sua imaginação, começa sua jornada. O processo consiste em dois aspectos interconexos: a descoberta de quem é e o tornar-se corajosa. Quem ela é significa o que ela sempre foi mas perdeu ou esqueceu por causa da ocorrência de crescer num ambiente social onde é dito às crianças como devem pensar, comportar-se e sentir. Na educação tradicional (seja na família que na escola), desenvolvimento coincide com ser formatados em moldes pré-determinados dando pouca atenção ao que a criança é dentro de si mesma. Os papeis sociais são lentos assassinos a sangue frios.O filme mostra a dúvida a respeito de Alice: é ela a verdadeira Alice ou somente uma impostora? Este é a idéia principal como é nossa questão central na vida: somos reais? Ou só palhaços fingindo ser aquilo que exibimos a todos? Somos verdadeiros e confiáveis? Vamos conseguir?
Para ajudar Alice a encontrar a si mesma, a história desdobra-se entre medo e compaixão. Mais e mais, Alice vai se dando conta que depende dela a salvação de seus queridos, primeiro de todos o Chapeleiro Louco - a representação das idéias malucas que ela andou chocando por toda sua vida. O Chapeleiro Louco é seu Animus, que pôde existir tão colorido e imprevisível graças ao apoio do pai de Alice. E Alice precisa salvá-lo.Isto lembra-me um sonho que eu tive nos meus primeiros anos de análise pessoal. Tinha cerca de 18 anos na época. O sonho começa comigo conversando com um rapaz perto de um carro. Depois o sigo para dentro de um edifício. Encontro-me num apartamento em andar alto, onde vive uma família normal, comum. Descubro que há um homem louco trancado no banheiro. Ele tem sido mantido lá há muito tempo. O banheiro é o lugar onde nos limpamos e descarregmos as partes de nós não quistas. Liberto o homem. Ele vai a uma janela próxima que está aberta. Ficamos lá e eu olho para ele. Ele fixa a distância, daí pega um telescópio e olha além do mar, muito além. Esta era sua loucura: ele podia ver além das interpretações e compreensões da vida superficiais. Sua vista é profunda e não convencional. Como sabemos, esta visão é altamente desconfortável para aqueles que preferem “manter quieto”, e temem perguntas. Salvar o Chapeleiro Louco significa, para Alice, comprometer-se consigo mesma e com a tarefa que ela tem adiante: soltar sua vida de qualquer pensamento julgador. E aqui entra a diferença entre a Rainha Vermelha e a Branca. A primeira é o aspecto negativo do arquétipo da mãe, a mulher patriarcal que inflacionou sua cabeça com idéias repetitivas. Ela impõe dogmas, crenças não-questionáveis a suas crianças e a todos que estiverem à sua volta. O resultado é gente falsa e covarde. Por causa dela, o Chapeleiro é Louco e todo Animus Criativo vive trancado nos banheiros das casas das famílias respeitáveis. A Rainha Vermelha representa a consciência coletiva, com inteligência tão encolhida quanto inchados são seus pensamentos manipuladores. Ela também mostra belamente a ambiguidade do amor. Em nome do amor, escorreu sangue nas guerras e lágrimas no desespero. A Rainha Branca, do outro lado, é simplesmente a Bruxa que desafia a histórica idéia patriarcal sobre bruxas vestidas de preto e sendo más. Ela é o Feminino não submetido à lógica patriarcal. Foi posta de lado, não destruída, mas vive num mundo separado. É aqui que Alice encontra seu tamanho certo - nem muito reduzida, nem muito inflacionada -, e suporte. Aqui é a terra que dá raízes à Nova Mulher.Chegar à Rainha Branca não é suficiente. Falta lutar contra o monstro. Esta é uma luta real que toda mulher tem que assumir se quiser seguir sua alma. Enquanto ato real no mundo, este requer coragem. Para vencer o monstro Alice precisa da espada. Espadas são o símbolo do pensamento discriminador, uma das coisas mais preciosas que há. Sem ele, a coragem é vaidade e cegueira. Uma garota pode instintivamente rejeitar uma situação como perigosa para sua personalidade. Entretanto, uma mulher deve ir além disso, ela precisa saber porque ela não gosta a fim de poder tomar as decisões apropriadas. Esta é a espada ao trabalho: ela distingue e separa. Torna sentimentos fortes e obscuros em idéias afiadas e em límpida visão acerca da vida. Assim fazendo, Alice encontra sua identidade e a filosofia de sua existência.Com esta espada Alice luta contra o monstro. A face feia da consciência coletiva que impõe papeis e valores, que tenta moldar e julgar, diminuir e barganhar, manipular e destruir a criatividade. A luta com espada é diferente daquela com a clava, como as que Hércules fazia golpeando de todos os lados como um maluco (não é uma coincidência que ele ficou realmente louco numa ocasião). A espada representa uma luta sofisticada e consciente, baseada na inteligência e que também exige coragem e determinação.
Golpe final, “E corto tua cabeça,” diz Alice, baixando a espada no longo pescoço do monstro. A batalha está vencida. Agora ela está livre. Para que? Precisamente, livre de dizer não aos papeis tradicionais e livre para dar início à jornada de sua vida. Única, preciosa e totalmente individualizada. E aqui, a metamorfósis está completa.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Re - flexos
quarta-feira, 26 de maio de 2010
IV Jornada de Arteterapia
Começa amanhã,27 de maio ,a IV Jornada Goiana de Arteterapia:"Arte, criatividade e cuidar em saúde mental" e encerra-se em 01 de junho de 2010.O local onde será realizada será a Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (FEN-UFG) na Rua 227 Qd 68, S/N - Setor Leste Universitário - Goiânia - Goiás - Brasil - CEP: 74.605-080 -REALIZAÇÃO: Faculdade de Enfermagem (FEN) e Associação Brasil Central de Arteterapia PUBLICO ALVO: arteterapeutas, musicoterapeutas, enfermeiros, psicólogos, pedagogos, médicos, terapeutas ocupacionais, arte-educadores, artistas plásticos, músicos, fisioterapeutas, psicopedagogos, profissionais, outras área afins, tanto educadores, pesquisadores, acadêmicos e demais pessoas que queiram participar. Apresentarei um pôster sobre Oficina de Pintura em cabaças e inclusão na segunda feira no período vespertino.Participem!!!
domingo, 9 de maio de 2010
Terapia Comunitária
Em março iniciei o curso de formação em Terapia Comunitária , me identifiquei com a proposta e em breve estarei realizando uma roda de terapia comunitária .Quem puder vale a pena participar!!Em breve postarei convite.
Mas... o que é Terapia Comunitária?
A Terapia Comunitária é uma estratégia de cuidado , ajuda , atenção realizada em grupo com o objetivo de promover e proteger a saúde e a vida , prevenir e auxiliar na recuperação do sofrimento emocional , mental , relacional , social e físico .É um espaço de troca , partilha , e comunhão de vivências e experiências de vida , saberes , potenciais , capacidades , desafios , dificuldades , sofrimentos , dores , conflitos , problemas e auto –soluções.
A Terapia Comunitária é uma estratégia de cuidado , ajuda , atenção realizada em grupo com o objetivo de promover e proteger a saúde e a vida , prevenir e auxiliar na recuperação do sofrimento emocional , mental , relacional , social e físico .É um espaço de troca , partilha , e comunhão de vivências e experiências de vida , saberes , potenciais , capacidades , desafios , dificuldades , sofrimentos , dores , conflitos , problemas e auto –soluções.
Como originou a T.C.?
A terapia comunitária foi criada no Brasil pelo psiquiatra Adalberto Barreto, professor da Universidade Federal do Ceará. Criada inicialmente para atender a população moradora da favela do Pirambú, a maior favela de Fortaleza,é desenvolvida há 20 anos.Hoje está em prática nos muitos estados brasileiros e também no exterior , mostrando -se um excelente recurso para lidar com o sofrimento humano decorrente do estresse, da intolerância , da exclusão social , da pobreza e violência que atingem famílias e comunidades em nosso país.
Está apoiada nos seguintes princípios:
1-Pensamento sistêmico
2-Antropologia Cultural
3- Teoria daa Comunicação Humana
4-Pedagogia da Ação-Reflexão de Paulo Freire
5-Resiliência,com apoio da Abordagens Psico -Corporais-Relacionais
Nas rodas de T.C. os participantes são acompanhados pelo facilitador (terapeuta comunitário) e pelo grupo nas diversas etapas do processo:1-Acolhimento;2- Escolha do tema do dia ;3-Contextualização;4- Problematização com tdos ;5-Rituais de Agregação , Vinculação e Partilha da Aprendizagem.
Entre nesta roda!!!!
“Quando a boca cala o corpo fala, quando a boca fala o corpo sara.”
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Compartilhando leitura ,reflexões...
Menino Azul
Por que as crianças morrem? Por que morre uma criança azul? Que tocava violino, que tocava as pessoas, que sabia chorar um choro tão sentido, que convocava a solidariedade. Diego poderia ter se perdido de tantas formas em Parada de Lucas, mas se encontrava. O Rio o conheceu porque ele sabia chorar e tocou violino no dia da morte do seu professor. O Rio não entendeu esse final.
Saber chorar é arte. Fugir dos riscos que cercam meninos negros nas áreas ainda não pacificadas do Rio é arte. Vencer uma meningite aos quatro, estudar violino no meio de tiroteios é arte. Fazer-se amar é arte. Diego, o artista, fez chorar quem o conhecia e quem não o conhecia, quem falou com ele, e quem nunca o ouviu.
Ele era um dos meninos do AfroReggae e alguém pode dizer que existem tantos outros diegos sendo atendidos por algum programa do grupo cultural, ou por outros movimentos e organizações que usam a música para envolver as crianças cercadas de perigos, drogas, tiros e medos. Por que então um deles era tão valioso? Porque o que estimula quem busca as crianças para protegê-las é saber que cada uma tem seu valor, único, insubstituível.Diego carismático, bom, sensível, com seus projetos de ser artista era único para quem o amou. Essa é a teimosia de quem trabalha com programas em áreas pobres do Rio ou de qualquer lugar do Brasil. As estatísticas vão dizer que só um percentual pode ser integrado ao programa, protegido, resgatado, valorizado, mas tem que se lutar por cada um.
As estatísticas dizem que ele entraria em breve no grupo de muito risco. Morreu aos 12, de leucemia aguda. Mas jovens de 15 a 24 anos têm um risco muito maior de integrar os números das mortes por causas externas, ou seja, violência. Se forem do sexo masculino, o risco cresce. Se forem negros, cresce ainda mais. Jovens negros têm risco 130% maior que jovens brancos de serem vítimas, mostrou o Mapa da Violência divulgado esta semana pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Ministério da Saúde, segundo informou o "Estado de S. Paulo". A ONG revela que esse dado piorou recentemente. Em 2002, a relação era de 1,7 jovem negro vitima da violência para cada jovem branco. Felizmente caiu a violência entre jovens brancos, mas, infelizmente, ela aumentou no caso dos jovens negros, e a relação subiu para 2,6 para 1, em 2007.
Outras estatísticas, que têm sido divulgadas por estudiosos, mostram que se os jovens forem do Rio, o risco cresce. Se morarem na periferia do Rio, o risco é ainda maior. É uma escalada estatística o perigo que cerca um jovem negro da periferia do Rio, como era Diego.
Mas Diego estava bem encaminhado pela família, pelos muitos amigos, pela música, porque fazia parte da família AfroReggae, porque tinha sonhos, por ter comovido tanto ao mostrar sua dor na morte do Evandro, seu professor. Ele provavelmente superaria os perigos que neste momento cercam tantos outros. Isso torna essa morte ainda mais dolorosa. Ele viraria um adulto como a criança $foi. Até onde iria com sua música, suas amizades, sua sensibilidade? Eram bons os prognósticos.
"Pequeno grande Diego", definiu Júnior, coordenador do AfroReggae, em um dos e-mails que disparou pela sua imensa rede de amigos, em todas as áreas da cidade, todas as classes sociais. Nesse e-mail ele contava a notícia mais trágica: a de que não era uma apendicite, como se pensava inicialmente, mas um inimigo muito mais perigoso: a leucemia aguda. Júnior contou da "dor sem tamanho" que era vê-lo naquelas horas finais.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o definiu como um "parceiro". Como pode o pequeno Diego ter ficado tão grande tão cedo? Ser considerado um parceiro pelo secretário de Segurança que está implantando as Unidades de Polícia Pacificadora; ser visto como um símbolo de um movimento que tem mais anos de vida do que ele pode ter; tudo é mistério em Diego do Violino.
Ele ficou conhecido, como todos se lembram, por uma foto que expressou a dor de todo o AfroReggae pelo assassinato do coordenador Evandro João da Silva. Quem acompanha o trabalho do grupo sabe que os meninos do violino eram um projeto especial para Evandro, mas a ONG sempre foi mais conhecida pelos grupos de percussão. Era uma experiência relativamente nova. A violência estúpida que levou Evandro, e os detalhes que ficaram conhecidos depois da morte, como o comportamento desqualificado dos policiais que abordaram os assassinos, tudo foi sumindo lentamente das mentes. São tantos os absurdos que os mais recentes ocupam o lugar dos mais antigos, e a violência vai sendo banalizada. Mas o rosto bonito e triste de Diego, com aquela lágrima enorme e aquele violino do lado, ficou marcado na memória. Esse é outro mistério de Diego: sua instantânea capacidade de tocar as pessoas e de se fazer entendido. Disse com seu rosto que a morte de Evandro doeu, convocou o sentimento de quem estivesse indiferente. Tão impressionante esse fenômeno que ele foi um dos três escolhidos para receber o Prêmio Faz Diferença, do GLOBO, na categoria Rio.
Diego ficou na memória como um lamento forte, um alerta, uma convocação geral, uma parada no tempo em que vamos perdendo aos poucos a sensibilidade. Porque ele tinha o lindo apelido de Azul, porque ele tocava um instrumento, porque ele não tinha nada que morrer agora com tanta coisa a viver ainda, porque seu choro em outubro foi tão sentido que só de ver a foto muita gente chorou com ele, porque ele era pequeno e grande esse espaço hoje é dele. Todo dele: o menino Azul.
Míriam Leitão e Alvaro Gribel -
Por que as crianças morrem? Por que morre uma criança azul? Que tocava violino, que tocava as pessoas, que sabia chorar um choro tão sentido, que convocava a solidariedade. Diego poderia ter se perdido de tantas formas em Parada de Lucas, mas se encontrava. O Rio o conheceu porque ele sabia chorar e tocou violino no dia da morte do seu professor. O Rio não entendeu esse final.
Saber chorar é arte. Fugir dos riscos que cercam meninos negros nas áreas ainda não pacificadas do Rio é arte. Vencer uma meningite aos quatro, estudar violino no meio de tiroteios é arte. Fazer-se amar é arte. Diego, o artista, fez chorar quem o conhecia e quem não o conhecia, quem falou com ele, e quem nunca o ouviu.
Ele era um dos meninos do AfroReggae e alguém pode dizer que existem tantos outros diegos sendo atendidos por algum programa do grupo cultural, ou por outros movimentos e organizações que usam a música para envolver as crianças cercadas de perigos, drogas, tiros e medos. Por que então um deles era tão valioso? Porque o que estimula quem busca as crianças para protegê-las é saber que cada uma tem seu valor, único, insubstituível.Diego carismático, bom, sensível, com seus projetos de ser artista era único para quem o amou. Essa é a teimosia de quem trabalha com programas em áreas pobres do Rio ou de qualquer lugar do Brasil. As estatísticas vão dizer que só um percentual pode ser integrado ao programa, protegido, resgatado, valorizado, mas tem que se lutar por cada um.
As estatísticas dizem que ele entraria em breve no grupo de muito risco. Morreu aos 12, de leucemia aguda. Mas jovens de 15 a 24 anos têm um risco muito maior de integrar os números das mortes por causas externas, ou seja, violência. Se forem do sexo masculino, o risco cresce. Se forem negros, cresce ainda mais. Jovens negros têm risco 130% maior que jovens brancos de serem vítimas, mostrou o Mapa da Violência divulgado esta semana pelo Instituto Sangari, com base nos dados do Ministério da Saúde, segundo informou o "Estado de S. Paulo". A ONG revela que esse dado piorou recentemente. Em 2002, a relação era de 1,7 jovem negro vitima da violência para cada jovem branco. Felizmente caiu a violência entre jovens brancos, mas, infelizmente, ela aumentou no caso dos jovens negros, e a relação subiu para 2,6 para 1, em 2007.
Outras estatísticas, que têm sido divulgadas por estudiosos, mostram que se os jovens forem do Rio, o risco cresce. Se morarem na periferia do Rio, o risco é ainda maior. É uma escalada estatística o perigo que cerca um jovem negro da periferia do Rio, como era Diego.
Mas Diego estava bem encaminhado pela família, pelos muitos amigos, pela música, porque fazia parte da família AfroReggae, porque tinha sonhos, por ter comovido tanto ao mostrar sua dor na morte do Evandro, seu professor. Ele provavelmente superaria os perigos que neste momento cercam tantos outros. Isso torna essa morte ainda mais dolorosa. Ele viraria um adulto como a criança $foi. Até onde iria com sua música, suas amizades, sua sensibilidade? Eram bons os prognósticos.
"Pequeno grande Diego", definiu Júnior, coordenador do AfroReggae, em um dos e-mails que disparou pela sua imensa rede de amigos, em todas as áreas da cidade, todas as classes sociais. Nesse e-mail ele contava a notícia mais trágica: a de que não era uma apendicite, como se pensava inicialmente, mas um inimigo muito mais perigoso: a leucemia aguda. Júnior contou da "dor sem tamanho" que era vê-lo naquelas horas finais.
O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, o definiu como um "parceiro". Como pode o pequeno Diego ter ficado tão grande tão cedo? Ser considerado um parceiro pelo secretário de Segurança que está implantando as Unidades de Polícia Pacificadora; ser visto como um símbolo de um movimento que tem mais anos de vida do que ele pode ter; tudo é mistério em Diego do Violino.
Ele ficou conhecido, como todos se lembram, por uma foto que expressou a dor de todo o AfroReggae pelo assassinato do coordenador Evandro João da Silva. Quem acompanha o trabalho do grupo sabe que os meninos do violino eram um projeto especial para Evandro, mas a ONG sempre foi mais conhecida pelos grupos de percussão. Era uma experiência relativamente nova. A violência estúpida que levou Evandro, e os detalhes que ficaram conhecidos depois da morte, como o comportamento desqualificado dos policiais que abordaram os assassinos, tudo foi sumindo lentamente das mentes. São tantos os absurdos que os mais recentes ocupam o lugar dos mais antigos, e a violência vai sendo banalizada. Mas o rosto bonito e triste de Diego, com aquela lágrima enorme e aquele violino do lado, ficou marcado na memória. Esse é outro mistério de Diego: sua instantânea capacidade de tocar as pessoas e de se fazer entendido. Disse com seu rosto que a morte de Evandro doeu, convocou o sentimento de quem estivesse indiferente. Tão impressionante esse fenômeno que ele foi um dos três escolhidos para receber o Prêmio Faz Diferença, do GLOBO, na categoria Rio.
Diego ficou na memória como um lamento forte, um alerta, uma convocação geral, uma parada no tempo em que vamos perdendo aos poucos a sensibilidade. Porque ele tinha o lindo apelido de Azul, porque ele tocava um instrumento, porque ele não tinha nada que morrer agora com tanta coisa a viver ainda, porque seu choro em outubro foi tão sentido que só de ver a foto muita gente chorou com ele, porque ele era pequeno e grande esse espaço hoje é dele. Todo dele: o menino Azul.
Míriam Leitão e Alvaro Gribel -
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Chico Xavier-o filme.
Mesmo não sendo espírita e conhecendo superficialmente a biografia de Chico ,veiculada pela mídia, me interessei pelo filme e gostei. Me encantei especialmente com a humildade do médium.Chico foi no mínimo uma personalidade intrigante,uma pessoa com uma generosidade extrema ,com grande capacidade de superação e resiliência.
O filme foi lançado em plena comemoração dos 100 anos de seu nascimento.Chico é interpretado na infância por Matheus Costa, início da vida adulta por Ângelo Antônio e maturidade por Nelson Xavier.
O filme é uma adaptação para o cinema que descreve a trajetória do médium que viveu 92 anos desta vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Fechava os olhos e colocava no papel poemas ,crônicas e mensagens. Seus mais de 400 livros psicografados consolaram os vivos, pregaram a paz e estimularam caridade.
Sessões nos cinemas de Gyn:
Flamboyant15:40 18:20 21:00Cinemark Goiânia13:00 15:20 15:40 18:00 18:30 20:50 21:20Goiania Shopping16:00 16:30 18:40 19:00 21:20 21:30
O filme foi lançado em plena comemoração dos 100 anos de seu nascimento.Chico é interpretado na infância por Matheus Costa, início da vida adulta por Ângelo Antônio e maturidade por Nelson Xavier.
O filme é uma adaptação para o cinema que descreve a trajetória do médium que viveu 92 anos desta vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Fechava os olhos e colocava no papel poemas ,crônicas e mensagens. Seus mais de 400 livros psicografados consolaram os vivos, pregaram a paz e estimularam caridade.
Sessões nos cinemas de Gyn:
Flamboyant15:40 18:20 21:00Cinemark Goiânia13:00 15:20 15:40 18:00 18:30 20:50 21:20Goiania Shopping16:00 16:30 18:40 19:00 21:20 21:30
segunda-feira, 8 de março de 2010
Um sonho , um desafio...
“Quem sou eu senão um grande sonho obscuro em face do sonho...
...Quem sou eu senão EU MESMO em face de mim?” (Vinícius de Moraes)
Um sonho , um desafio...
O sonho de realizar a arteterapia e o desafio de trabalhar com doentes de câncer nos trouxe inúmeras questões , algumas angústias e ansiedades que nos conduziram à busca de respostas.
Convivendo com os portadores de câncer , muitas vezes nos perguntamos : Qual teria sido o sonho perdido? Onde e quando se perdera? Como auxiliar esses pacientes na busca da cura?
Uma tentativa de resposta.
Cada um de nós percebe a realidade de uma determinada forma.Nossa visão inclui a maneira de ver a nós mesmos , a maneira de ver os outros , à vida e ao mundo à nossa volta . É uma visão diferente e distinta em cada um de nós , que controla e regula nossa capacidade de viver e desfrutar a vida. A capacidade de cada ser humano de participar da vida, entrar em sua dança e cantar suas canções é controlada por essa visão.Todas as ações e reações emocionais e comportamentos são resultados de nossas percepções.
Temos uma visão interna da realidade , uma forma extremamente pessoal e original de cada um perceber a realidade , uma visão apreendida com o olho mental.Olhamos para as diversas partes da realidade com os olhos de nossa consciência e ninguém vê as mesmas partes da realidade da mesma forma que outra pessoa.
Essa visão funciona como um recurso por meio do qual podemos ter respostas apropriadas a pessoas , lugares e coisas.Não importa se a percepção é acurada ou não : a resposta emocional será inevitavelmente proporcional a ela. As emoções são o resultado de determinadas percepções e interpretações .Uma percepção gera reações emocionais , e as reações emocionais colorem e distorcem percepções futuras.
Há em todos nós um conjunto de necessidades , objetivos ou valores que nos influenciam psicologicamente.
Não há mudança em nenhuma vida humana , na qualidade de vida e na participação de uma pessoa na vida enquanto não há uma mudança na visão que essa pessoa tem da realidade.
A parte mais essencial da nossa visão da realidade é a visão que temos de nós mesmos .Quando temos baixa-estima , temos emoções dolorosas e persistentes –desânimo , depressão , tristeza ;mas , se começarmos a entender que somos pessoas decentes , dignas de amor , todo esse modelo de reação emocional sofre uma mudança radical . Quando as distorções de nossas percepções são eliminadas , aos poucos nos transformamos em pessoas auto confiantes , seguras e felizes .Quando não eliminamos tais distorções , estas geram reações emocionais que por sua vez são acompanhadas de mudanças corporais.
De acordo com a psicossomática , a doença , assim como a poesia e a arte , é criação ou forma de auto-expressão que trazem para o homem a linguagem de uma força misteriosa .Para Groddeck , a doença não existe como entidade , existe somente como expressão da totalidade do homem , como expressão do id; para ele não há nenhuma diferença entre a doença e a maneira de falar , escrever ou construir.Curar seria interpretar corretamente o que essa totalidade está tentando expressar através dos sintomas e ensiná-la um modo menos doloroso de auto – expressão .
Jung em uma abordagem psicossomática dos comportamentos emocionais deixa claro que ,cada emoção é acompanhada de mudanças corporais ; ele desenvolve o conceito de símbolo e vê a doença como uma representação simbólica no processo de individuação.
Todo sonho ,assim como todo símbolo , tem não só uma causa como também tem uma finalidade. A finalidade de um sonho seria a de compensar uma atitude unilateral da consciência .Usando o mesmo raciocínio no campo das doenças , a doença pode ser vista como uma compensação a uma atitude unilateral da consciência ; uma reação do organismo , uma compensação com a finalidade de levar o indivíduo a integrar o reprimido na consciência.
A doença seria ,assim ,uma expressão simbólica , uma forma do organismo expressar uma desarmonia entre por exemplo, um desejo e uma resistência , entre um impulso e uma negação.No caso de uma repressão , a doença poderia ser necessária para a religação da consciência com sua totalidade , uma vez que foi perdida ou lesada por processos de desajustes emocionais , desajustes decorrentes da atuação de um complexo e ou de uma perturbação no eixo ego-self.
No caso do câncer, a história da vida emocional desempenha um importante papel na tendência de certas pessoas adquiri-lo e na sua evolução.Observa-se que freqüentemente os fatores emocionais ligados a grandes perdas e à desesperança ocorrem antes dos primeiros sinais da doença.Com freqüência, essa ausência de esperança surge da impossibilidade da pessoa em se relacionar e se expressar e da incapacidade de encontrar um substituto significativo.O sistema imunológico é fortemente afetado pelos sentimentos e que determinados tipos de atitudes psicológicas pode influenciar positivamente nosso sistema de defesa.
Através da Arteterapia podemos : explorar o que está bloqueando sua percepção de outras áreas às quais poderia dedicar suas energias ;dar ênfase ao que o paciente tem de melhor , em vez de trabalhar apenas suas dificuldades;levar a pessoa a buscar novos caminhos , alcançando assim seu ponto de mutação, aqueles momentos em que ampliamos nossa consciência e assumimos a transformações para que a chama de nossa existência se mantenha acesa.
É fundamental a busca daquilo que seria uma vida cheia de prazer e entusiasmo para essa pessoa ;conduzi-la a liberar –se dos seus medos e ansiedades com respeito ao sucesso e as opiniões dos outros e , finalmente , preocupar –se com seu único e autêntico desenvolvimento .
Todas as pessoas possuem uma maneira natural de ser , de relacionar-se , de criar , quando elas se encontram , estão usando a si mesmos da forma que mais a satisfaz.
“O homem faz de si a imagem de seus sonhos.” (Helena Petrovna)
Ivone Teixeira da Cunha.
Arteterapeuta ;arte-educadora e artesã.
Bibliografia :
Lê Shan ,Lawrence.O câncer como ponto de mutação.S.P.Summus,1992.
Ramos , Denise G.A Psique do coração.S.P.Cultrix,1990.
Powell , John .As estações do coração.Edições Loyola,2000.
...Quem sou eu senão EU MESMO em face de mim?” (Vinícius de Moraes)
Um sonho , um desafio...
O sonho de realizar a arteterapia e o desafio de trabalhar com doentes de câncer nos trouxe inúmeras questões , algumas angústias e ansiedades que nos conduziram à busca de respostas.
Convivendo com os portadores de câncer , muitas vezes nos perguntamos : Qual teria sido o sonho perdido? Onde e quando se perdera? Como auxiliar esses pacientes na busca da cura?
Uma tentativa de resposta.
Cada um de nós percebe a realidade de uma determinada forma.Nossa visão inclui a maneira de ver a nós mesmos , a maneira de ver os outros , à vida e ao mundo à nossa volta . É uma visão diferente e distinta em cada um de nós , que controla e regula nossa capacidade de viver e desfrutar a vida. A capacidade de cada ser humano de participar da vida, entrar em sua dança e cantar suas canções é controlada por essa visão.Todas as ações e reações emocionais e comportamentos são resultados de nossas percepções.
Temos uma visão interna da realidade , uma forma extremamente pessoal e original de cada um perceber a realidade , uma visão apreendida com o olho mental.Olhamos para as diversas partes da realidade com os olhos de nossa consciência e ninguém vê as mesmas partes da realidade da mesma forma que outra pessoa.
Essa visão funciona como um recurso por meio do qual podemos ter respostas apropriadas a pessoas , lugares e coisas.Não importa se a percepção é acurada ou não : a resposta emocional será inevitavelmente proporcional a ela. As emoções são o resultado de determinadas percepções e interpretações .Uma percepção gera reações emocionais , e as reações emocionais colorem e distorcem percepções futuras.
Há em todos nós um conjunto de necessidades , objetivos ou valores que nos influenciam psicologicamente.
Não há mudança em nenhuma vida humana , na qualidade de vida e na participação de uma pessoa na vida enquanto não há uma mudança na visão que essa pessoa tem da realidade.
A parte mais essencial da nossa visão da realidade é a visão que temos de nós mesmos .Quando temos baixa-estima , temos emoções dolorosas e persistentes –desânimo , depressão , tristeza ;mas , se começarmos a entender que somos pessoas decentes , dignas de amor , todo esse modelo de reação emocional sofre uma mudança radical . Quando as distorções de nossas percepções são eliminadas , aos poucos nos transformamos em pessoas auto confiantes , seguras e felizes .Quando não eliminamos tais distorções , estas geram reações emocionais que por sua vez são acompanhadas de mudanças corporais.
De acordo com a psicossomática , a doença , assim como a poesia e a arte , é criação ou forma de auto-expressão que trazem para o homem a linguagem de uma força misteriosa .Para Groddeck , a doença não existe como entidade , existe somente como expressão da totalidade do homem , como expressão do id; para ele não há nenhuma diferença entre a doença e a maneira de falar , escrever ou construir.Curar seria interpretar corretamente o que essa totalidade está tentando expressar através dos sintomas e ensiná-la um modo menos doloroso de auto – expressão .
Jung em uma abordagem psicossomática dos comportamentos emocionais deixa claro que ,cada emoção é acompanhada de mudanças corporais ; ele desenvolve o conceito de símbolo e vê a doença como uma representação simbólica no processo de individuação.
Todo sonho ,assim como todo símbolo , tem não só uma causa como também tem uma finalidade. A finalidade de um sonho seria a de compensar uma atitude unilateral da consciência .Usando o mesmo raciocínio no campo das doenças , a doença pode ser vista como uma compensação a uma atitude unilateral da consciência ; uma reação do organismo , uma compensação com a finalidade de levar o indivíduo a integrar o reprimido na consciência.
A doença seria ,assim ,uma expressão simbólica , uma forma do organismo expressar uma desarmonia entre por exemplo, um desejo e uma resistência , entre um impulso e uma negação.No caso de uma repressão , a doença poderia ser necessária para a religação da consciência com sua totalidade , uma vez que foi perdida ou lesada por processos de desajustes emocionais , desajustes decorrentes da atuação de um complexo e ou de uma perturbação no eixo ego-self.
No caso do câncer, a história da vida emocional desempenha um importante papel na tendência de certas pessoas adquiri-lo e na sua evolução.Observa-se que freqüentemente os fatores emocionais ligados a grandes perdas e à desesperança ocorrem antes dos primeiros sinais da doença.Com freqüência, essa ausência de esperança surge da impossibilidade da pessoa em se relacionar e se expressar e da incapacidade de encontrar um substituto significativo.O sistema imunológico é fortemente afetado pelos sentimentos e que determinados tipos de atitudes psicológicas pode influenciar positivamente nosso sistema de defesa.
Através da Arteterapia podemos : explorar o que está bloqueando sua percepção de outras áreas às quais poderia dedicar suas energias ;dar ênfase ao que o paciente tem de melhor , em vez de trabalhar apenas suas dificuldades;levar a pessoa a buscar novos caminhos , alcançando assim seu ponto de mutação, aqueles momentos em que ampliamos nossa consciência e assumimos a transformações para que a chama de nossa existência se mantenha acesa.
É fundamental a busca daquilo que seria uma vida cheia de prazer e entusiasmo para essa pessoa ;conduzi-la a liberar –se dos seus medos e ansiedades com respeito ao sucesso e as opiniões dos outros e , finalmente , preocupar –se com seu único e autêntico desenvolvimento .
Todas as pessoas possuem uma maneira natural de ser , de relacionar-se , de criar , quando elas se encontram , estão usando a si mesmos da forma que mais a satisfaz.
“O homem faz de si a imagem de seus sonhos.” (Helena Petrovna)
Ivone Teixeira da Cunha.
Arteterapeuta ;arte-educadora e artesã.
Bibliografia :
Lê Shan ,Lawrence.O câncer como ponto de mutação.S.P.Summus,1992.
Ramos , Denise G.A Psique do coração.S.P.Cultrix,1990.
Powell , John .As estações do coração.Edições Loyola,2000.
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Quando não vir mais sentido nas coisas, crie um!
O segredo da vida está sempre em suas mãos
Quantas vezes nossos olhos "estão vesgos" e vemos tudo torto? Precisamos desembaçar nossos olhos pra poder enxergar diferente. Damos "poder e valor" pra tantas coisas ao nosso redor, principalmente pras opiniões dos outros, os outros passam a ser um "oráculo" para nós! Buscamos que os outros nos orientem e esquecemos de dar poder e valor às nossas sensações, às nossas percepções. Pare um pouco! Se não estiver mais vendo sentido nas coisas que está fazendo... crie um! Escute mais a voz do seu espírito. Pergunte-se o que verdadeiramente quer. Você conversa consigo mesmo? Tem tempo de escutar a parte que quer falar com você? Existem tantas vozes falando que você acaba sufocando a sua! Quantos fardos desnecessários vamos levando pelo caminho... E esquecemos que fomos nós mesmos que os assumimos! Entramos em relacionamentos pesados, muitas vezes já com o nosso peso! Assumimos trabalhos opressores, com a desculpa de que precisamos sobreviver; entramos em "roubadas afetivas" por necessidade de sermos aceitos, por recebermos afeto instantâneo e o resultado é só vampirismo pra todos os lados... Vítimas de nós mesmos... É uma pena que a maioria de nós continue se oprimindo, continue se violentando emocionalmente e espiritualmente com medo de perder o que, na verdade, nunca teve. E seguimos amarrados à dor e ao sofrimento. É provado pela medicina o crescente número de casos de depressão. As pessoas andam cada vez mais ansiosas e angustiadas. Pergunte-se se vale a pena fazer tanto para sentir-se recompensado. Pergunte-se se vale a pena perder a alma por um sonho. Ao contrário: una sua alma a seu sonho! Tem que valer a pena! Tem que ter prazer e alegria na caminhada! Senão, algo está errado! Repense... Podemos ser colecionadores de conquistas... mas se não as sentirmos, de que vale? Podemos ter o melhor emprego no tocante ao financeiro... mas se o cansaço rouba todas as nossas outras forças, de que vale? Podemos ter alguém ao nosso lado escolhido numa prateleira... mas se não nos integramos com essa pessoa, de que vale? Podemos estar cercados de gente por todo o lado, mas se não sabemos ter amigos e preservá-los, de que vale? Podemos achar que fazemos tudo por um filho... mas se não o abraçamos, se não temos tempo de rolar no chão com ele, de que vale? Podemos ter o dom da palavra e tocar as pessoas... mas se não aprendemos a ouvir os outros da mesma forma, de que vale? Repense o sentido que está dando à sua vida... Repense sobre o que tem dando valor e poder... Se o que você acreditava ser certos anos atrás ainda tem o mesmo sentido. Se o sentido que ensinaram pra você é o seu sentido também. E que possamos transformar nossas lamentações em silêncio! Fale!!! Se realmente vale a pena... Se for algo edificante pra você e para o outro! E que possamos olhar pro mais alto... Pense naquela pessoa mais silenciosa que você conhece... Silenciosa, não no sentido de ser quieta, mas aquela que você sabe não viver no barulho constante das emoções, que sabe transmitir pelo silêncio, pela janela da alma - os olhos. Pense naquela pessoa que você admira e respeita, que está no seu convívio ou que brilha no seu coração como um Mestre ou apenas um exemplo pra você... Espelhe-se nela nesse momento... Um lago é só um lago... Se jogarmos uma pedra nele modificamos tudo... Permita-se ser um lago... Simplesmente um lago... Permita-se ver o outro como um lago... Deixemos as pedras por um momento... deixemos os barulhos por um momento... E que dentro do silêncio, nesse estado, passemos a perceber o sentido das coisas, ou passemos a criar novos sentidos e novos caminhos!
Fernanda Lopes é Psicoterapeuta holística, palestrante motivacional, escritora e presidente da ONG - Associação Voluntários da Esperança.
Quantas vezes nossos olhos "estão vesgos" e vemos tudo torto? Precisamos desembaçar nossos olhos pra poder enxergar diferente. Damos "poder e valor" pra tantas coisas ao nosso redor, principalmente pras opiniões dos outros, os outros passam a ser um "oráculo" para nós! Buscamos que os outros nos orientem e esquecemos de dar poder e valor às nossas sensações, às nossas percepções. Pare um pouco! Se não estiver mais vendo sentido nas coisas que está fazendo... crie um! Escute mais a voz do seu espírito. Pergunte-se o que verdadeiramente quer. Você conversa consigo mesmo? Tem tempo de escutar a parte que quer falar com você? Existem tantas vozes falando que você acaba sufocando a sua! Quantos fardos desnecessários vamos levando pelo caminho... E esquecemos que fomos nós mesmos que os assumimos! Entramos em relacionamentos pesados, muitas vezes já com o nosso peso! Assumimos trabalhos opressores, com a desculpa de que precisamos sobreviver; entramos em "roubadas afetivas" por necessidade de sermos aceitos, por recebermos afeto instantâneo e o resultado é só vampirismo pra todos os lados... Vítimas de nós mesmos... É uma pena que a maioria de nós continue se oprimindo, continue se violentando emocionalmente e espiritualmente com medo de perder o que, na verdade, nunca teve. E seguimos amarrados à dor e ao sofrimento. É provado pela medicina o crescente número de casos de depressão. As pessoas andam cada vez mais ansiosas e angustiadas. Pergunte-se se vale a pena fazer tanto para sentir-se recompensado. Pergunte-se se vale a pena perder a alma por um sonho. Ao contrário: una sua alma a seu sonho! Tem que valer a pena! Tem que ter prazer e alegria na caminhada! Senão, algo está errado! Repense... Podemos ser colecionadores de conquistas... mas se não as sentirmos, de que vale? Podemos ter o melhor emprego no tocante ao financeiro... mas se o cansaço rouba todas as nossas outras forças, de que vale? Podemos ter alguém ao nosso lado escolhido numa prateleira... mas se não nos integramos com essa pessoa, de que vale? Podemos estar cercados de gente por todo o lado, mas se não sabemos ter amigos e preservá-los, de que vale? Podemos achar que fazemos tudo por um filho... mas se não o abraçamos, se não temos tempo de rolar no chão com ele, de que vale? Podemos ter o dom da palavra e tocar as pessoas... mas se não aprendemos a ouvir os outros da mesma forma, de que vale? Repense o sentido que está dando à sua vida... Repense sobre o que tem dando valor e poder... Se o que você acreditava ser certos anos atrás ainda tem o mesmo sentido. Se o sentido que ensinaram pra você é o seu sentido também. E que possamos transformar nossas lamentações em silêncio! Fale!!! Se realmente vale a pena... Se for algo edificante pra você e para o outro! E que possamos olhar pro mais alto... Pense naquela pessoa mais silenciosa que você conhece... Silenciosa, não no sentido de ser quieta, mas aquela que você sabe não viver no barulho constante das emoções, que sabe transmitir pelo silêncio, pela janela da alma - os olhos. Pense naquela pessoa que você admira e respeita, que está no seu convívio ou que brilha no seu coração como um Mestre ou apenas um exemplo pra você... Espelhe-se nela nesse momento... Um lago é só um lago... Se jogarmos uma pedra nele modificamos tudo... Permita-se ser um lago... Simplesmente um lago... Permita-se ver o outro como um lago... Deixemos as pedras por um momento... deixemos os barulhos por um momento... E que dentro do silêncio, nesse estado, passemos a perceber o sentido das coisas, ou passemos a criar novos sentidos e novos caminhos!
Fernanda Lopes é Psicoterapeuta holística, palestrante motivacional, escritora e presidente da ONG - Associação Voluntários da Esperança.
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Será que você sempre age como criança?(Por Rosemeire Zago)
As dificuldades e conflitos que você sente podem ser um reflexo da falta de conexão com sua criança. Sabe que ao reencontrá-la, ela poderá te ajudar? O fato de negar essa criança e suas necessidades pode fazer com que você busque satisfazê-la sem controle, pois tudo acontece de forma inconsciente. Ou seja, você não pensa para agir desse ou daquele modo, simplesmente age, e quando isso acontece, provavelmente quem está agindo é sua 'criança', sua parte inconsciente.
Todos nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o 'adulto' e a 'criança'. Quando essas duas dimensões estão em sintonia, temos uma sensação de totalidade. Quando por alguma razão estão desconectadas, a sensação interior poderá ser de conflito e vazio.Quando criança, buscamos aliviar nossas necessidades de forma imediata. Por exemplo, a criança quando quer comer, não quer saber se tem comida, quem vai fazer, se tem dinheiro, ela quer comer e pronto! Quando ela quer dormir, não pensa se pode ou não pode dormir naquele exato momento, ela simplesmente dorme! Ou seja, espera que suas necessidades sejam atendidas na hora. Quantos adultos não agem como criança e desejam que seus desejos e necessidades sejam satisfeitos da mesma forma: imediatamente? As pessoas que têm dificuldade em obter controle em suas ações, geralmente, agem da mesma maneira, não pensam, simplesmente agem, sem medir as conseqüências.
A criança interior quando se sente desesperadamente isolada e solitária, por não ser reconhecida e nem atendida em suas necessidades, em geral é impulsiva, sem controle dos seus comportamentos, fazendo as coisas sem pensar, como comer, comprar, beber, jogar... tudo de maneira compulsiva. A criança geralmente tem um adulto que pensa por ela e a orienta de maneira adequada, mas e você? É importante, portanto, não agir como a criança que quer tudo na hora e aprender a adiar o prazer.
Mas como fazer isso? Para aprender a entrar em contato com a criança que você foi um dia, procure lembrar de como se sentia quando queria algo e como suas necessidades eram atendidas. Você passou por algum tipo de privação? Ou aconteceu o contrário, tinha tudo que queria, na hora que queria? Primeiro identifique as situações e comportamentos em que não consegue ter controle. Quando surgir alguma dificuldade, é importante identificá-la para que não busque outras formas de aliviar a tensão emocional reprimida. Por exemplo, quando estiver com problemas no trabalho ou na relação afetiva, identifique o que te causa angústia e insatisfação e procure resolver de forma saudável, para que não busque outras formas de compensação.
Pessoas que sentem necessidade em obter satisfação imediata em alguma situação, em geral sentem essa mesma necessidade em todas as áreas de sua vida. Mas você pode ir se exercitando em adiar seu prazer de maneira imediata. Por exemplo, ao sentir necessidade em ligar a televisão no exato minuto em que entra em sua casa, tente adiar esse prazer. Se precisar comprar algo imediatamente ao ver na vitrine, tente adiar sua ida às compras em vez de comprar compulsivamente. Durante uma discussão, procure pensar antes de falar, evitando agir de maneira compulsiva. Assim estará treinando sua capacidade de adiar o prazer.
É a parte criança que age sem pensar. Mas você poderá orientá-la do que é certo. Para fazer isso, você pode deitar, fechar os olhos e imaginar-se conversando consigo mesmo quando criança, como se realmente estivesse com uma criança à sua frente, e dizer palavras que poderão ensinar-lhe como agir sem que prejudique seu adulto.
Ouça sua criança. Se você a encontrasse nesse exato momento, o que ela pediria a você? Que tal levá-la para passear, brincar um pouco mais? Quem sabe fazê-la apenas sorrir? Ouça também seu adulto e lembre-se que desejos e comportamentos atuais podem estar apenas ocultando necessidades não atendidas de sua criança.
Aprender a identificar suas necessidades não atendidas, é mais importante para você, do que satisfazer seus desejos imediatos de maneira compulsiva. Comece a pensar e agir de maneira equilibrada. Por trás de toda necessidade compulsiva existe uma criança, buscando suprir necessidades que, em geral, estão muito distantes das maneiras que os adultos buscam supri-las.
Nos momentos de desejo incontrolável, você deve pensar no que é mais importante: satisfazer um desejo imediato ou adiar o prazer e alcançar os resultados que deseja? Adiar a satisfação quando estiver diante da alguma tentação, proporcionará resultado e prazer ainda maiores. Sua motivação para atingir seus objetivos aumentará, seu amor por você mesmo e por sua criança, que na verdade não quer comida, roupas, beber, jogar, mas com certeza deseja um pouco mais de atenção, carinho e amor!
Rosemeire Zago é psicóloga clínica com abordagem junguiana.
Todos nós temos dois aspectos em nossa personalidade: o 'adulto' e a 'criança'. Quando essas duas dimensões estão em sintonia, temos uma sensação de totalidade. Quando por alguma razão estão desconectadas, a sensação interior poderá ser de conflito e vazio.Quando criança, buscamos aliviar nossas necessidades de forma imediata. Por exemplo, a criança quando quer comer, não quer saber se tem comida, quem vai fazer, se tem dinheiro, ela quer comer e pronto! Quando ela quer dormir, não pensa se pode ou não pode dormir naquele exato momento, ela simplesmente dorme! Ou seja, espera que suas necessidades sejam atendidas na hora. Quantos adultos não agem como criança e desejam que seus desejos e necessidades sejam satisfeitos da mesma forma: imediatamente? As pessoas que têm dificuldade em obter controle em suas ações, geralmente, agem da mesma maneira, não pensam, simplesmente agem, sem medir as conseqüências.
A criança interior quando se sente desesperadamente isolada e solitária, por não ser reconhecida e nem atendida em suas necessidades, em geral é impulsiva, sem controle dos seus comportamentos, fazendo as coisas sem pensar, como comer, comprar, beber, jogar... tudo de maneira compulsiva. A criança geralmente tem um adulto que pensa por ela e a orienta de maneira adequada, mas e você? É importante, portanto, não agir como a criança que quer tudo na hora e aprender a adiar o prazer.
Mas como fazer isso? Para aprender a entrar em contato com a criança que você foi um dia, procure lembrar de como se sentia quando queria algo e como suas necessidades eram atendidas. Você passou por algum tipo de privação? Ou aconteceu o contrário, tinha tudo que queria, na hora que queria? Primeiro identifique as situações e comportamentos em que não consegue ter controle. Quando surgir alguma dificuldade, é importante identificá-la para que não busque outras formas de aliviar a tensão emocional reprimida. Por exemplo, quando estiver com problemas no trabalho ou na relação afetiva, identifique o que te causa angústia e insatisfação e procure resolver de forma saudável, para que não busque outras formas de compensação.
Pessoas que sentem necessidade em obter satisfação imediata em alguma situação, em geral sentem essa mesma necessidade em todas as áreas de sua vida. Mas você pode ir se exercitando em adiar seu prazer de maneira imediata. Por exemplo, ao sentir necessidade em ligar a televisão no exato minuto em que entra em sua casa, tente adiar esse prazer. Se precisar comprar algo imediatamente ao ver na vitrine, tente adiar sua ida às compras em vez de comprar compulsivamente. Durante uma discussão, procure pensar antes de falar, evitando agir de maneira compulsiva. Assim estará treinando sua capacidade de adiar o prazer.
É a parte criança que age sem pensar. Mas você poderá orientá-la do que é certo. Para fazer isso, você pode deitar, fechar os olhos e imaginar-se conversando consigo mesmo quando criança, como se realmente estivesse com uma criança à sua frente, e dizer palavras que poderão ensinar-lhe como agir sem que prejudique seu adulto.
Ouça sua criança. Se você a encontrasse nesse exato momento, o que ela pediria a você? Que tal levá-la para passear, brincar um pouco mais? Quem sabe fazê-la apenas sorrir? Ouça também seu adulto e lembre-se que desejos e comportamentos atuais podem estar apenas ocultando necessidades não atendidas de sua criança.
Aprender a identificar suas necessidades não atendidas, é mais importante para você, do que satisfazer seus desejos imediatos de maneira compulsiva. Comece a pensar e agir de maneira equilibrada. Por trás de toda necessidade compulsiva existe uma criança, buscando suprir necessidades que, em geral, estão muito distantes das maneiras que os adultos buscam supri-las.
Nos momentos de desejo incontrolável, você deve pensar no que é mais importante: satisfazer um desejo imediato ou adiar o prazer e alcançar os resultados que deseja? Adiar a satisfação quando estiver diante da alguma tentação, proporcionará resultado e prazer ainda maiores. Sua motivação para atingir seus objetivos aumentará, seu amor por você mesmo e por sua criança, que na verdade não quer comida, roupas, beber, jogar, mas com certeza deseja um pouco mais de atenção, carinho e amor!
Rosemeire Zago é psicóloga clínica com abordagem junguiana.
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
“Vá tentar ser borboleta!”.
Quando me olhei , me vi em um lugar totalmente desconhecido , estranho ... uma névoa me envolvia , as imagens não eram nítidas , um clima de mistério e ao mesmo tempo de paz.
O lugar era habitado por várias pessoas , mas não conhecia ninguém . Eu mesma estava com uma forma diferente.
Quando menos esperava senti um empurrão e ouvi uma forte voz dizendo :Vá lá , filha! Vá tentar ser borboleta!
Foi então que dei por mim , aqui, neste tempo e espaço .
Fiquei um tanto confusa com esta ordem...
“Vá tentar ser borboleta!”.
Como ser borboleta sendo humana? Coisa estranha!
Borboleta , casulo, lagarta ,ovo, ...ou melhor, ovo, lagarta , casulo,borboleta...
Metamorfose ...transformação...
Fiquei pensando sobre o que quer dizer ser borboleta , qual o simbolismo imprimido nesta frase.
Pensei no despojamento , na leveza deste animal e também na liberdade do seu vôo...
Comecei a pensar na vida , na sociedade , no mundo , na densidade , no peso da rotina ,neste aprendizado terrestre ...
Foi quando . . .(incrível coincidência!) passou por mim uma borboleta.
Observei o desprendimento, ela era quase imaterial .
Neste momento , como que n’um relâmpago , várias imagens invadiram minha mente , recordações diversas e como em um click entendi que aquela ordem era o desafio da minha vida ,ou o desafio da vida de qualquer mortal...
Despir – se de tantos sentimentos , vaidade , orgulho,ganância , poder...
Despojar –se dos preconceitos diversos...
Libertar-se dos apegos...Difícil!!!!!
Ser livre! Ser borboleta!!!
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Cartão de Ano Novo, por Frei Betto
Feliz Ano Novo a quem não planta corvos nas janelas da alma, nem embebe o coração de cicuta e ousa sair pelas ruas a transpirar bom-humor.
Feliz Ano Novo a quem cultiva ninhos de pássaros no beiral da utopia e coleciona no espírito as aquarelas do arco-íris. E a todos que trafegam pelas vias interiores e não temem as curvas abissais da oração.
Feliz Ano Novo aos que reverenciam o silêncio como matéria-prima do amor e arrancam das cordas da dor melódicas esperanças. Também aos que se recostam em leitos de hortênsias e bordam, com os delicados fios dos sentimentos, alfombras de ternura.
Feliz Ano Novo aos que trazem às costas aljavas repletas de relâmpagos, aspiram o perfume da rosa-dos-ventos e carregam no peito a saudade do futuro. Também aos que semeiam indignações, mergulham todas as manhãs nas fontes da verdade e, no labirinto da vida, identificam a porta que os sentidos não vêem e a razão não alcança. Feliz Ano Novo a todos que dançam embalados pelos próprios sonhos e nunca dizem sim às artimanhas do desejo. Aos que ignoram o alfabeto da vingança e jamais pisam na armadilha do desamor, pois sabem que o ódio destrói primeiro a quem odeia.
Feliz Ano Novo a quem acorda, todas as manhãs, a criança adormecida em si e, moleque, sai pelas esquinas quebrando convenções que só obrigam a quem carece de convicções. E aos artífices da alegria que, no calor da dúvida, dão linha à manivela da fé.
Feliz Ano Novo a quem recolhe cacos de mágoas pelas ruas a fim de atirá-los no lixo do olvido e guardam recatados os seus olhos no recanto da sobriedade. A quem resguarda-se em câmaras secretas para reaprender a gostar de si e, diante do espelho, descobre-se belo na face do próximo.
Feliz Ano Novo a todos que pulam corda com a linha do horizonte e riem à sobeja dos que apregoam o fim da história. E aos que suprimem a letra erre do verbo armar e se recusam a ser reféns do pessimismo.
Feliz Ano Novo aos que fazem do estrume adubo de seu canteiro de lírios. Também aos poetas sem poemas, aos músicos sem melodias, aos pintores sem cores e aos escritores sem palavras. E a todos que jamais encontraram a pessoa a quem declarar todo o amor que os fecunda em gravidez inefável.
Feliz Ano Novo aos ébrios de transcendência e aos filhos da misericórdia que dormem acobertados pela compaixão. E a todos que contemplam ociosos o entardecer, observando como o Menino entra na boca da noite montado em seu monociclo solar.
Feliz Ano Novo a quem não se deixa seduzir pelo perfume das alturas e nem escala os picos em que os abutres chocam ovos. E a todos que destelham os tetos da ambição e edificam suas casas em torno da cozinha. Feliz Ano Novo a quem, no leito de núpcias, promove uma despudorada liturgia eucarística, transubstanciando o corpo em copo inundado do vinho embriagador da perda de si no outro. E a quem corrige o equívoco do poeta e sabe que o amor não é eterno enquanto dura, mas dura enquanto é terno.
Feliz Ano Novo aos que repartem Deus em fatias de pão e convocam os famélicos à mesa feita com as tábuas da justiça e coberta com a toalha bordada de cumplicidades. Feliz Ano Novo aos que secam lágrimas no consolo da fé e plantam no chão da vida as sementes do porvir. E aos que criam hipocampos em aquários de mistério e conhecem a geometria da quadratura do círculo.
Feliz Ano Novo a quem se embebeda de chocolate na esbórnia pascal da lucidez crítica e não receia pronunciar palavras onde a mentira costura bocas e enjaula consciências. E a todos que, com o rosto lavado das maquiagens de Narciso, dobram os joelhos à dignidade dos carvoeiros.
Feliz Ano Novo a todos que sabem voar sem exibir as asas e abrem caminhos com os próprios passos, inebriados pelos ecos de profundas nostalgias. E aos que decifram enigmas sem revelar inconfidências e, nus, abraçam epifanias sob cachoeiras de magnólias.
Feliz Ano Novo aos que saboreiam alvíssaras nos bosques onde vicejam anjos barrocos e nadam suas gorduras deixando os cabelos brancos flutuarem sobre a saciedade de anos bem vividos. E a todos que dão ouvidos à sinfonia cósmica e, nos salões da Via Láctea, bailam com os astros ao ritmo de siderais incertezas.
Feliz Ano Novo também aos infelizes, aos tíbios e aos pusilânimes, aos que deixam a vida escorrer pelo ralo da mesquinhez e, no calor de seus apegos, vêem seus dias evaporar como o orvalho aquecido pelo alvorecer do verão. Queiram os Céus que renasçam com o Menino que se aconchega em corações desenhados na forma de esperança.'
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