"...só viram os que levantaram para trabalhar no alvorecer que foi surgindo..."

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Hoje em dia, temos muita ejaculação e pouco orgasmo

Eros e Psiquê


06/09/2001 - 12h26

"Hoje em dia, temos muita ejaculação e pouco orgasmo", diz professor da Folha de S.Paulo

Eros, o deus do amor, pede intimidade entre os casais, não acrobacias. Técnicas sexuais desprovidas de sentimento produzem prazeres físicos superficiais e efêmeros. Não chegam a tocar a alma, como pede Eros."Hoje em dia, temos muita ejaculação e pouco orgasmo", comenta o professor de filosofia da PUC de São Paulo Antônio José Romera Valverde.Não é preciso tanta preocupação com o desempenho sexual, garantem os estudiosos de Eros. O deus do amor é brincalhão, leva tudo no bom humor, inclusive os fracassos, e se diverte muito com carícias simples. Ele não tem pressa nem ansiedade, e reconquistá-lo é bem mais fácil do que se imagina, diz o cientista social e terapeuta corporal André Valente de Barros Barreto."Tome um banho gostoso, vista uma roupa agradável, deixe o ambiente à meia-luz e faça tudo com o parceiro, menos a penetração. Não siga nenhum roteiro. Apenas explore o corpo do outro como se fosse um grande parque de diversões", sugere ele.Para o teólogo e pensador norte-americano Thomas Moore, sexo erótico é o sexo que alia os prazeres proporcionados pelo toque, pelo cheiro, pela visão e pelo som a sentimentos de amor, de paz emocional e de profunda amizade. A amizade, aliás, é a grande aliada de Eros, diz Moore. Amantes que são também amigos têm laços mais profundos quando fazem amor. Eles conhecem a alma do parceiro, sabem o que encanta a imaginação do outro e sempre têm algo a dizer antes, durante e depois do sexo. A amizade também inspira os carinhos depois do orgasmo, mantendo vivo o afeto.É importante lembrar que o prazer sexual não está desligado dos outros prazeres de Eros. Um dia-a-dia tenso e cheio de conflitos afasta o deus do amor, enquanto uma vida recheada de afeto, de respeito ao outro, de imaginação e de amor pelo trabalho e pela casa cria um ambiente harmonioso e descontraído que convida à intimidade e à troca de carinho.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Metamorfose




Meta mor fose
A meta de se chegar a uma forma bela
A meta de se chegar a perfeição
A transformação
Trans Forma Ação
E para isso passar pela reclusão
Ser disforme
Aparentemente sem vida
Um processo infindo, permanente
É o óvulo que se faz feto
E o feto que se faz gente
É a gente que se faz criança
A criança que se faz adolescente
O adolescente que se faz adulto
O adulto que se faz velho
É a vida que se faz morte
E a morte que se faz vida
É a gente que no processo da vida
Tantas vezes nos sentimos imobilizados
Pelas circunstâncias do ovo – mundo
Noutras somos lagartas rastejando , ralando para sobreviver
Até podermos sentir – nos borboletas livres para voar
Estágio pleno difícil de alcançar
Quando pensamos alcançar o topo
Tudo se renova começando no ovo
É como se o próprio mundo fosse a crisálida
Que nos protege e guarda
Permitindo – nos tecer a nós mesmos
Rastejar, aprender, caminhar , crescer
Para o grande parto para a outra dimensão
É muito bonito ver a vida assim e dar graças a Deus a EVOLUÇÃO.


(Janeiro de 1997.)

Ivone

sábado, 19 de setembro de 2009

Erotizar a vida faz bem para o sexo e também para a alma


06/09/2001 - 12h17

MÁRCIA DETONIda Folha de S.Paulo



Parece insanidade afirmar que falta erotismo ao cotidiano do brasileiro, a quem hoje é quase vedada a possibilidade de assistir a um programa de TV que não apele para o sexo ou para imagens de mulheres nuas. A verdade é que Eros está sendo vivenciado apenas no seu aspecto secundário, a sexualidade. Suas outras qualidades, que têm o poder de tranquilizar a alma, foram desprezadas. Isso explica o conhecido mal-estar da sociedade contemporânea, cujos sintomas são angústia, depressão e sentimento de vazio e de infelicidade. Em 1955, o filósofo e sociólogo alemão Herbert Marcuse (1898-1979) já alertava: a passagem do mundo infeliz para o feliz passa pela erotização de tudo à nossa volta. O autor de "Eros e Civilização" dizia que o homem havia perdido a capacidade de gozo com os sentidos e precisava reencontrar o prazer nas coisas do mundo. Quase 50 anos depois, as idéias de Marcuse sobre Eros permanecem atuais, afirma o professor de filosofia da PUC e da FGV Antônio José Romera Valverde.Quando falou em erotismo, Marcuse não estava se referindo à nudez feminina, a corpos perfeitamente esculpidos em academias e salas cirúrgicas ou a orgias sexuais. Ao contrário. Ele lamentava que o mundo moderno, cada vez mais racional e técnico, tivesse reduzido Eros a um impulso sexual, desvalorizando a essência do mito.Eros, na filosofia grega, especialmente na definição de Platão, é o impulso vital do homem para a curiosidade, a ligação amorosa, a amizade e o conhecimento de si mesmo e do mundo. O pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939), manteve essa definição e foi o primeiro a ligar o mito à sexualidade, sem restringi-lo, no entanto, ao prazer genital."Eros em psicanálise significa uma capacidade amorosa, um sentimento amoroso de cuidar um do outro, é amor ao trabalho, às idéias", diz o psicanalista José Otávio Fagundes.Por que, então, apenas o aspecto sexual de Eros tem encontrado espaço em nossa cultura? Porque o mito, enquanto sinônimo de paixões e desejos avassaladores, geralmente entra em choque com valores e ideais arraigados ou com a ordem social, diz o professor de filosofia da USP Mário Miranda Filho. Pode provocar rompimentos, como mudança de emprego e de estilo de vida, ou atos de rebeldia, atitudes vistas com suspeita pelo sistema, que zela pela ordem.Com Eros limitado à sexualidade, os outros impulsos de vida são deslocados para a produção. "Toda a nossa força erótica, vital, foi dirigida para o trabalho. O instinto foi preterido pela razão, a intuição, desvalorizada, e aquilo que é mais íntimo ao ser humano, o seu desejo, foi transferido para objetos de consumo", observa Valverde."Isso é muito pouco. Podemos desejar muito mais. Temos trocado o grande Eros pelo pequeno Eros", diz a professora de história da filosofia da PUC Rachel Gazolla.A ausência desse "grande Eros" tem provocado muitas inquietações. A busca pelos objetos do desejo -bens materiais e padrões físicos determinados pela mídia- tem incentivado aspectos egoístas no ser humano. "Ele quer ter controle de tudo e tirar proveito das relações, o que tem levado a muita angústia", comenta Fagundes.A saída, segundo os analistas, é cuidar das relações pessoais. "O homem precisa sair de dentro de si mesmo, interagir com os outros e deixar-se afetar por eles. É mais fácil hoje alguém fazer sexo com uma pessoa do que se abrir com ela", diz o cientista social e terapeuta André Valente de Barros Barreto.A capacidade de se relacionar, de gostar dos outros é algo que se aprende quando pequeno. A criança precisa ser amada pelos pais para experimentar esse sentimento. Pessoas que não foram amadas quando crianças desenvolvem a desconfiança. Perdem a capacidade de apreciar os prazeres simples do contato humano, das amizades, da vida familiar.A escola é um local importante para as pessoas aprenderem a se relacionar. Mas, muitas vezes, ela acaba incentivando a competição. A tecnologia, outra vilã, reduz cada vez mais a possibilidade de contato interpessoal. Bate-papo, namoro e sexo pelo computador substituem relacionamentos. Não é preciso se envolver. Não gostou, é só trocar de site.Mas a capacidade amorosa é apenas um aspecto de Eros. O outro é a capacidade de questionar. "O verbo "erotan", de onde vem o nome Eros, significa amar e também perguntar", diz Gazolla. Indagar sobre as coisas à nossa volta e prestar atenção em si e nos outros são atitudes que levam a uma tomada de consciência e a um encontro com Eros.A arte é outro instrumento poderoso. Amplia a reflexão sobre a vida e desenvolve uma capacidade poética e lúdica. A arte revigora a imaginação, ajuda a aguçar os sentidos e estimula uma relação mais sensual com todas as coisas à nossa volta.O contato com o sol, a água, as plantas, o vento e os animais também é fundamental para a expansão de Eros. Mas não se deixe enganar pela ideologia do lazer, alerta Valverde. "Buscar o descanso apenas para repor energias que serão gastas novamente no trabalho é bem diferente de um ócio em que o erotismo pode acontecer", afirma.Reencontrar Eros exige uma mudança de percepção do mundo. É preciso abrir mão de velhos hábitos e de atitudes mecânicas e olhar o outro com mais atenção. Mas não requer rituais ou esforços gigantescos.ONGs que lutam pela cidadania e fazem trabalho comunitário, escolas que adotam linhas pedagógicas mais voltadas para o desenvolvimento emocional e espiritual dos alunos, pessoas que apreciam a vida, a família, os amigos, um bom prato, a natureza, as artes, que tratam bem os outros, que se preocupam com a comunidade já estão caminhando de mãos dadas com Eros.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Sementes





Quanta variedade !
Brancas , pretas
Lisas , rugosas
Grandes , pequenas...
Cada qual com suas características
Cada qual com o seu potencial
Cada qual se tornará uma árvore sem igual
Única no mundo
Com um sentido profundo
Quanta beleza!
Quanta singeleza !
No seu doar silencioso
No seu servir despretensioso
Que a torna entre muitas
Uma árvore especial
E tudo é assim na natureza
Tudo numa integração sem fim
Cada qual com sua paz
Participando com o que é capaz
O vento que sopra sussurrando
O sol que ama aquecendo
A terra que responde gerando
E a vida surge brotando ...


Quero através da arteterapia
Fazer das diferenças
Qualidades sem par
Valorizar as potencialidades de cada um e fazê-las aflorar
Fazer com que cada um com o seu modo de ser
Singelo e belo
Se comunique doando e recebendo
Inteirando – se no mundo
Brincando , sorrindo e vivendo esse milagre que é a vida
De modo profundo.


( Reflexão resultante da oficina de arteterapia com D.M. na APAE )

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Histórias cotidianas...

(Picasso)
Foi em um ato de desespero que Ana saiu de seu lugar. Saiu sem destino , sem rumo ; ganhou as ruas da cidade.
Seu peito parecia que ia explodir ; sua cabeça comprimida de tanto pensar.Não conseguia se conter .Seu frágil Ser não suportava mais tanta carga, tanta pressão .
Num ímpeto de livrar – se de tudo aquilo e de si mesma , pôs –se a vagar.
Nesse andar desarvorado , viu um lugar bonito , verde ; parou em frente. Em meio ao centro esquizofrênico da cidade , onde carros e pessoas passavam irracionalmente, um recanto de paz; um oásis de resistência a esse mundo acelerado , lembrando a verdadeira natureza do ser humano . O canto dos pássaros em meio a tudo isso , como que chamava Ana a se harmonizar , e ela sentiu – se atraída por aquele lugar . Avistou dentro dele um prédio branco , despojado , pessoas aparentemente felizes , crianças brincando ao redor. Ana não se deu conta de que se tratava de uma escola de Artes, entrou.
Ela não conseguia pensar , só sentia...
Sentia um tremendo mal estar. Chegou até a recepção , não perguntou por aulas de teatro , música , artes , nem de dança ; como era esperado por quem estava lá.
Já fora de si, como em um pedido de socorro , Ana disse:
_Eu estou cansada desta vida!
_Eu estou cansada de morar debaixo da ponte!
_Eu quero voltar para Paraúna! Lá eu tenho casa, eu...
Ana petrificou – se , congelou –se . Sua dor era tamanha que a imobilizou.
As pessoas assustadas e amedrontadas , também ficaram paralizadas , tentando se proteger .
Ana parecia uma estátua.
Um silêncio , um vácuo se instalou...
Minutos passaram imperceptíveis , até que um burburinho começou a agitar o ambiente. As pessoas perguntavam – se:
_Quem é esta louca?
_Mais uma?!
_Esse lugar parece que atrai!
_Que é isso?
O pequeno alvoroço quedou –se quando se ouviu um estampido , um grito doído , talvez de indignação pela impassividade das pessoas , pela dor – mência coletiva.
_ Injustiça ! Injustiça ! Como esse mundo é injusto!!!!
E Ana sumiu correndo pelas ruas a fora.
Ivone

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Assumir os desejos fica mais fácil com o anonimato

Direito de ir e vir ganha força, quando não somos o foco



Imagine ser o centro das atenções. Ser ouvida por todos e receber aplausos e elogios por todo o dia. Sugere algo muito agradável, não é mesmo? Agora pense em uma vida em que você não pode expressar seus reais sentimentos e precise representar um papel 24horas por dia. Não parece uma sensação nada agradável, não é? Foi pensando nesse conflito de sentimentos que alguns artistas plásticos propagam um movimento ao redor do mundo em que passam despercebidos aos olhos do público em fotografias. Com pinturas no corpo, eles se camuflam diante das câmeras e ficam "invisíveis". A ideia é levantar a bola de que ser mais um na multidão é tão legal, ou até melhor, do que ser uma pessoa famosa, que vive no foco dos holofotes. "Diferente do que as pessoas acreditam, o anonimato sugere uma vida mais tranquila e recheada de benefícios do que quando há o reconhecimento público. Ser o foco das atenções pode ser penoso e complicado para muitas pessoas", explica o psicoterapeuta Chris Allmeida. De acordo com o especialista, não são apenas os artistas que sofrem com esse problema. "Ser o mais reconhecido no emprego, na turma, no dia a dia, enfim, quando somos o centro das atenções, podemos gerar conflitos de personalidade e até mesmo desenvolver um quadro de depressão, já que entram em conflito aquilo que as pessoas pensam de nós e o nosso autoconhecimento", diz.Porque queremos ser o centro das atençõesClaro, todos nós queremos ter o talento reconhecido ou simplesmente ser admirado pelos colegas ou pela família. Mas, quando esse desejo passa dos limites e ser o centro das atenções vira praticamente uma regra, pode significar sinal vermelho. "Pessoas que desejam aparecer o tempo todo, sinalizam problemas sérios de autoestima . Quando não nos sentimos bem com nós mesmos, queremos, a todo custo, mostrar os valores que temos, mesmo sem acreditar que eles existam." Representar um papel O grande problema de ser a estrela de um ambiente é quando você não está sendo verdadeiro. "Existem pessoas que são reconhecidas pelo jeito sempre espirituoso, por exemplo, mas na realidade, no interior, elas não são tão bem-humoradas assim, então, para não perderem o valor, precisam representar uma coisa que elas não são", explica. Dessa forma, os problemas aparecem, porque a pessoa percebe que não é reconhecida pelos seus valores reais. "O que adianta gostarem do seu lado engraçado se, na verdade, você não é assim. No fim, você acaba percebendo que não gostam de você, mas do papel que representa", diz.Imagem social x autoimagem O psicoterapeuta explica que existem dois tipos de egos: a imagem social e a autoimagem. Mas quando eles entram em conflito, os problemas aparecem. A primeira é o que as pessoas acham de nós, já a segunda é a análise que fazemos de nossos sentimentos e de nossas atitudes. "Viver em conflito com esses sentimentos é uma situação complicada, já que vemos que as pessoas nos admiram e nos atribuem valores que sabemos que são falsos. É como um jogo de mentiras". Para acabar com esse dilema, o ideal é se empenhar em mostrar quem você realmente é. Assumir quais são os seus reais valores e acabar com a representação é o primeiro passo. "É importante fazer tudo isso sem ter medo de perder o reconhecimento e a admiração", alerta o especialista. Anônimo e feliz Mas, será que ser invisível aos olhos das pessoas a sua volta realmente pode ser gratificante. "Uma pessoa que não é o centro das atenções, não precisa focar no comportamento ou na aparência o dia inteiro, por exemplo. O direto de ir e vir, de se comportar do jeito que gosta, de vestir a roupa predileta, enfim, são simples atitudes do dia a dia que podem ser realizadas de uma forma natural, sem se preocupar com a sua imagem e com que as pessoas vão falar. A vida fica mais leve".

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Compartilhando impressões,sensações , sugerindo...


“QUEM DISSE QUE É FÁCIL?” filme de Juan Taratuto

O filme é uma boa pedida para quem quer uma diversão inteligente sem questões e profundidades excessivas.

O enredo focaliza o super obsessivo Aldo (verdadeira figuraça) e seu encontro com Andréa, uma vizinha pra lá de estranha (para os padrões concebidos por Aldo como verdade), com uma beleza insinuante e a sexualidade à flor da pele. Ambos vão estar porta a porta, e, nas suas solidões vão se refazendo – especialmente Aldo –, não sem dificuldades enormes, dadas as grandes diferenças existentes. Eles se apaixonam, claro, mas ela está grávida e não sabe quem é o pai da criança... Bem, a partir daí muitas coisas acontecem e vamos nos acercando da distância que há entre os universos de um e de outro. Também vemos que ambos se esforçam para compor com o que se apresenta como impossibilidade. A questão é como se permitir abraçar outros mundos via paixão amorosa. Ou quaisquer outras paixões. Isto é mostrado com todas as contradições, paradoxo, incongruências que são do humano. Sem idealismos.

Muito , muito legal!!!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Compartilhando impressões, sensações e opiniões...


Em busca da Terra do Nunca , um filme que fala de um autor de teatro em um momento de baixa criatividade , de insucesso em sua última peça e que em suas incursões pelo parque ,para escrever , se depara com uma família que sofrera uma grande perda ; esse contato com as crianças o estimula a criar a história de Peter Pan/A Terra do Nunca. Assisti e achei que...

O filme é um drama que emociona ... fala da difícil relação com a perda de um ente querido , nos remete a criança que fomos , que habita os recônditos de nossa alma e que anseia por uma terra onde ninguém envelhece , onde tudo é bonito e aprazível.

No filme Peter diz a Wendy que cada criança deveria ter uma fada , mas as fadas estão morrendo pois as crianças estão ficando adultas muito cedo e estão deixando de acreditar, ele lembra que toda vez que nasce um bebê e ele sorri pela primeira vez , nasce uma fada , mas a cada vez que uma criança diz não acreditar em fadas, uma cai morta...

Fiquei refletindo sobre tantas crianças que diante de condições materiais , emocionais, espirituais tão precárias, são "forçosamente" obrigados a viver a adultez atropelando a infância .Nem tod@s tem a sorte de encontrar uma"sininho" , um Peter Pan, um sr. Barrie para trazer um pouco de magia para suas vidas...

Acreditemos!!!Quem sabe as fadinhas parem de morrer e nos ajudem a cuidar de nossas crianças...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Música





As Aparências Enganam



Elis ReginaComposição: Sérgio Natureza/Tunai


As aparências enganam , aos que odeiam e aos que amam.


Porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões.


Os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague ,


se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são


O alimento, o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação


Dos tempos idos de comunhão, sonhos vividos de conviver


As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam


Porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões


Os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele


Se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser


Não há mais forma de se aquecer, não há mais tempo de se esquentar


Não há mais nada pra se fazer, senão chorar sob o cobertor


As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam


Porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões


Os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno


Mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali


Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera


No insistente perfume de alguma coisa chamada amor.