"...só viram os que levantaram para trabalhar no alvorecer que foi surgindo..."

domingo, 11 de dezembro de 2011

A lição do coral


Lara faria quinze anos e sua prima Karen queria presenteá-la com algo especial.
Ela pensou então, em formar um coral com amigos , primos ,tios e presentear Lara com uma canção no dia da festa.
Um presente assim , exigia a adesão das pessoas a idéia , disponibilidade e um apoio logístico /financeiro;além do que ,seria um enorme desafio ,visto que dispunham apenas de uma semana para iniciarem e chegarem a um resultado “audível”.
Feito os contatos e contratado um professor ,chega o primeiro dia de ensaio.
O professor ouviu um por um e organizou as vozes (soprano ,contralto...);dadas as explicações necessárias , a letra da música distribuída e feitos os aquecimentos vocais, começa a cantoria .Que horror!!!Quantas dissonâncias!!!
Pessoas que nunca haviam cantado em coral , outras com pouca experiência ...
Tive a impressão que um resultado razoável seria impossível.
No segundo dia algumas pessoas já haviam desistido , mas as que ficaram persistiram nesse objetivo comum;mesmo com algumas desafinadas,com certa “rouquidão” ,todos os dias lá estavam.
O regente ouvia o conjunto , ouvia um de cada vez...
Ora atentava para a necessidade de ouvir uns aos outros , ora alertava que o trabalho não era solo e sim em côro,nenhuma voz deveria sobressair as demais.
As vezes ele mexia na organização , na disposição das pessoas ;colocava alguém que estava mais inseguro perto de outro mais firme.E assim seguiu...
Por fim colocou todos e todas para dançar a música que estavam treinando,dançar em pares,dançar só;deixando a música passar pelo corpo ,introjetando-a,sentindo-a,saboreando-a...
E eis que chegou o grande dia !A expectativa do grupo era grande.
Não posso dizer que o resultado fora perfeito, mas sim que foi extraordinário!
O objetivo que inicialmente parecia impossível,fora alcançado ;as vozes antes dissonantes agora em harmonia,entoaram um canto que fez feliz a aniversariante e que surpreendeu a todos;que fez a diferença naquela celebração à vida.
Fiquei pensando...
Quantas dificuldades de relacionamento, na família, nas equipes de trabalho e /ou em outras organizações,dificuldades com produtividade ,seriam sanadas ,se quando saíssem do “tom”,aplicassem a “lição do coral”.O quanto a comunicação seria melhor se os membros do grupo se ouvissem...e se ouvindo, ouvindo o conjunto;identificassem os timbres,as qualidades vocais e se agrupassem por afinidades e juntos levantassem o objetivo comum , o canto do grupo,da família...e com persistência se dispusessem a...aquecer , cantar, ouvir...aquecer , cantar , ouvir e avaliar...E com solidariedade se disponibilizassem a ...aquecer,cantar ,ouvir ,re-organizar;dispor um apoiando o outro;E ao ouvir ,cantar, re-avaliar;cuidassem para que nenhuma voz sobressaísse as outras e que o canto(objetivo comum),fosse entoado com co-responsabilidade, consonância e harmonia. E que depois de tudo isso,pudessem dançar e saborear o prazer do encontro ,da realização!!!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O retorno de Bia

Abriu a porta e entrou sorridente, justificando o atraso.
Seu sorriso mais escasso de dentes do que antes , expressava a alegria de estar de volta.
Pegou- me de surpresa ! Já não contava mais que viesse neste semestre , ainda assim fiquei muito contente em revê-la.
Perguntei –lhe porque demorou retornar .Falante , foi explicando que a mãe havia feito aplicações nas pernas ;
_Essas veiinhas , sabe?_disse ela.
Enquanto nos preparávamos para as atividades , comentei sobre o “sorriso vazio “ e ela foi logo dizendo que o pivô caiu e a mãe não tem dinheiro para levá-la ao dentista .Mais uma vez perguntei se ela não tinha plano de saúde ;Bia respondeu que tem Pax Domini e que a mãe já está até envergonhada com essa situação .
Começamos então as atividades .Como sempre ,Bia pediu a “sua” música.
_Põe aquela da novela;" ai ,ai,ai,ai,ai...”cantarolou.
E ao dançar a sua música , foi tomada por uma felicidade contagiante . Bia , ainda que com movimentos um tanto rígidos , se deslocou pela sala , levando seu pesado corpo , fazendo – o leve e se deliciando .Sua expressão facial era de grande prazer.
E eu ali , com ela , nesse diálogo , não só de palavras ,mas de corpo e de alma.
Fui tomada também por uma sensação prazerosa ,sentindo –me honrada com esse ofício tão especial; de poder partilhar e participar de momentos de experimentação , expressão e crescimento de um ser.
Devotei uma imensa gratidão à vida por habitar esse universo de tintas , pincéis , sons e principalmente de sutilezas.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Mídia Inclusiva-Mais dicas...

CUIDADO COM A CONOTAÇÃO:


1. "Apesar de deficiente, ele é um ótimo aluno."
Na frase acima há um preconceito embutido: 'A pessoa com deficiência não
pode ser um ótimo aluno'. O mais apropriado seria: "Ele tem deficiência e é
um ótimo aluno."
2. "Ela é cega, mas mora sozinha."
Na frase acima há um preconceito embutido: 'Todo cego não é capaz de
morar sozinho'. Em vez disso, diga: "Ela é cega e mora sozinha."
3. "Ela foi vítima de paralisia infantil."
Esta pessoa "teve poliomielite", "teve pólio" ou "teve paralisia infantil".
Enquanto estiver viva, ela tem sequela de poliomielite. A palavra "vítima"
provoca sentimento de piedade.
4. "Ela teve paralisia cerebral." (referindo-se a uma pessoa viva no presente)
A paralisia cerebral permanece com a pessoa por toda a vida. Portanto, "ela
tem paralisia cerebral".
5. O epilético, o deficiente, o paralisado cerebral.
Em vez de "epilético", "deficiente" e "paralisado", use "pessoa com
epilepsia", "pessoa que tem epilepsia", "pessoa com deficiência", "pessoa
com paralisia cerebral". Prefira sempre destacar a palavra "pessoa", pois a
sua omissão pode fazer a pessoa inteira parecer deficiente.
6. - Não use para se referir a pessoas ou deficiências os termos ou
expressões defeituosa, excepcional, doença, erro genético, paralítico,
ceguinho, mudo, mongoloide, retardado, mutação, sofrer, anomalia,
problema, preso ou condenado a uma cadeira de rodas.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mídia Inclusiva-Dicas

O conceito de inclusão vem da ideia de que as pessoas nascem com


diferenças que se acentuam e se modificam. Não há diferenças melhores ou

diferenças piores. O que há é a diversidade humana. O uso de termos

adequados para a referência a pessoas com deficiência é fundamental para

não perpetuar conceitos equivocados ou obsoletos. O presente manual traz

dicas para qualificar a comunicação no que se refere à

abordagem da inclusão e das pessoas com deficiência.

Os termos portador de deficiência, portador de necessidades

especiais (PNE) e pessoa portadora de deficiência (PPD) não são os mais

adequados. No lugar deles, recomenda-se usar "pessoa com deficiência" ou

"PcD". A sigla PcD é invariável. Por exemplo: a PcD, as PcD, da PcD, das

PcD. Devemos, porém, evitar o uso de siglas para nos referirmos a seres

humanos. Também ao desdobrar a sigla, tenha cuidado com o plural:

pessoas com deficiência (e não pessoas com deficiências) – a não ser que

elas tenham, de fato, múltipla deficiência).

- Podemos usar "que tem deficiência" ou "que nasceu com deficiência".

- Ter uma deficiência não é o mesmo que estar doente, nem é sinônimo de

ineficiência.

- Preocupados em não discriminar, muitos profissionais de comunicação

superestimam as pessoas com deficiência. É importante manter em vista

que pessoas com deficiência continuam sendo, antes de tudo, pessoas.

Portanto, existem as más e as boas, as trabalhadoras e as preguiçosas, as

honestas e as desonestas.

- Não tenha receio em usar a palavra "deficiência". As deficiências são reais

e não há por que disfarçá-las.

- Também os termos "cegueira" e "surdez" podem ser usados.

- Entreviste as próprias pessoas com deficiência, não seus acompanhantes

ou especialistas.

- Evite explorar a imagem do coitadinho, da tragédia, da desgraça.



Mídia Inclusiva

- Fuja da palavra "especial". Ela foi usada durante muito tempo como um

eufemismo, para "compensar" a deficiência. Ainda é usada quando se refere

à educação (necessidades educacionais especiais), mas, mesmo aí, é

preferível dizer "necessidades específicas".

- Tome cuidado com histórias de superação, heroísmo. Tente mostrar o

personagem como uma pessoa qualquer, use uma abordagem positiva, mas

sem ser piegas.

- Não reforce estereótipos como, por exemplo, trabalhadores com

deficiência são melhores e mais esforçados do que os trabalhadores sem

deficiência, chegam na hora, não faltam; pessoas com síndrome de Down

são anjos, ingênuos e carinhosos; funcionários cegos têm muita

sensibilidade etc.)

sábado, 13 de agosto de 2011

quinta-feira, 14 de julho de 2011

As lições que a vida nos ensina


Há algum tempo atrás, os médicos, ou melhor, os boticários, iam de casa em casa e tratavam as pessoas pesquisando seus sintomas, sondando o modo de vida,   perguntando sobre sua alimentação, sobre a cor das fezes, urina...olhavam os olhos , auscultavam o coração, pulmões e principalmente , escutavam os pacientes com suas dores físicas , emocionais ou espirituais.Os recursos técnicos , mecânicos eram escassos ,e muitas vezes o resultado do tratamento não era o esperado devido a carência de recursos.O tempo passou, a ciência evoluiu , os recursos são vários; a tecnologia avançada permite hoje salvar vidas , aumentar a expectativa de vida , diminuir o sofrimento de muitos, porém o que se ganha em tecnologia, se perde em HUMANIZAÇÃO...

É comum ouvirmos queixas de pessoas que dizem que alguns médicos mal olham no paciente e já saem fazendo a receita. Com a ciência CARTESIANA, como os ESPECIALIZAÇÕES ,o mundo MODERNO, e a conseqüente RAPIDEZ , muitos profissionais da saúde focam a doença, o órgão adoecido e esquecem a pessoa, não olham nos olhos , não mais sondam o modo de vida , nem inquirem sobre fezes , urinas...mal ESCUTAM o paciente. Diante de tanta tecnologia preenchem logo uma seqüência de pedidos de exames. As “máquinas” dirão o que o sujeito tem.

Muitos fazem dos diagnósticos dos exames, a VERDADE  suprema e desconsideram tudo o que o paciente relata, ou aproveitam a normose de achar que todas que sofrem com sintomas que não são detectados através de exames, tem DEPRESSÃO. Tornamos-nos vítimas desse pragmatismo médico!

Há menos de um mês vivenciamos esta experiência. Um problema de saúde com a nossa mãe foi tratado durante sete meses, como gastrite e depressão por alguns especialistas. Os exames foram o referencial  em que se basearam para os diagnósticos e acompanhamentos periódicos. Nossa mãe já fazia acompanhamento com oncologista por ter vencido um câncer de mama, porém, apesar das visitas periódicas e das descrições em relação aos sintomas que vinha sentindo, a volta do câncer fora descartado, baseado nas evidências dos exames e não das queixas de nossa mãe, a especialista diagnosticou que ela estava com depressão e anorexia, encaminhando-a ao psiquiatra. Vale neste momento ressaltar que as evidências de que alguma coisa não ia bem eram visíveis, nossa mãe emagreceu escandalosamente, sentia dores abdominais, mal alimentava, sentia uma fraqueza enorme. Em um curto espaço de tempo, entre junho e julho nossa mãe exauriu-se e mesmo diante da nossa insistência, para que algo fosse feito, a especialista teimava em afirmar que os exames que detectavam metástase, tiveram resultados negativos. Segundo ela,  o mal que acometia nossa mãe era depressão e que não havia nada a fazer, pois, nossa mãe havia desistido de viver.


Infelizmente o quadro de saúde da nossa mãe piorou, tivemos que interna-la às pressas e em menos de uma hora, com um simples exame clínico, o médico que a atendeu, sentiu a presença de tumor na região abdominal, confirmado por ultra – sonografia, TUMOR NO  RETROPERITÔNIO; todos os diagnósticos anteriores estavam errados e minha mãe que durante sete meses lutou bravamente contra as dores abdominais, teve seu mal diagnosticado, estava em estágio terminal , foi direto para o balão de oxigênio , sonda colocada e todos os procedimentos no sentido de diminuir seu sofrimento.Cinco dias depois nossa mãe falecia de NEOPLASIA ABDOMINAL.

INDIGNAÇÃO!  Este é o sentimento que nos envolve e nos paralisa. Em função deste pragmatismo médico, desta ciência cartesiana, onde os resultados falam mais alto do que os sintomas relatados pela paciente, tivemos a vida de uma pessoa, uma mulher ceifada. Ainda  que o tumor fosse “incurável”, todo o encaminhamento do tratamento teria sido outro rumo se diagnosticado corretamente, se nossa mãe não tivesse tido suas queixas ignoradas pela profissional. Foi um grave equívoco!

Esta sendo doloroso demais, mas estamos aprendendo mais esta lição da vida. Ao compartilharmos nossa experiência, fazemos no sentido de alerta às milhares de mulheres e homens que são acometidas por doenças como esta e aos profissionais de saúde. Os avanços tecnológicos são fundamentais para a cura de muitos males, mas é imprescindível que venham aliados a profissionais que não percam de vista o referencial “humanismo”, do contrário, os avanços não terão significado, e, assim como nós, muitas pessoas poderão ter a infelicidade de conviver com esta dor que poderia ter sido evitada.

                                                                                                                                Agosto de 2008.
                                                                            Ivone Cunha Teixeira – Arteterapeuta
e Geralda Ferraz
– Especialista em Comunicação Pública

sexta-feira, 24 de junho de 2011

"Cultivando cultura"-exercitando o pensar.

Desde o final do ano passado Goiânia tem contado com mais um espaço pra cultura,pra arte,o Teatro Sesi;desde então tenho assistido neste local a bons shows musicais,espetáculos de dança ,teatros...
Sempre fico surpresa com o escasso público e pensativa quanto ao investimento material e energético em tantos espetáculos ,de boa qualidade ,para tão poucos...
Em conversa com amigos ,alguns apontam a falta de divulgação; fato é que vejo divulgação nos jornais,rádios ,sites e até mesmo Tv...
Será mesmo falta de divulgação? Não...acho que  é bem  isso não!
As classes mais populares podem sim desconhecer o direito de fazerem parte desse mundo, o direito de ocupar tais espaços. 
Não raro escuto goianos reclamarem da falta de opção;até pouco tempo atrás concordava,mas acho que o cenário tem mudado,melhorado.
O que acho mais difícil de mudar é essa cultura dos barzinhos, dos shows urbanejos,dos midiáticos ,que ,"cá pra nós",lotam de pessoas e não raro , nada oferecem de novo ,construtivo ...é muitas vezes,mais do mesmo.
Mas o que sei é que precisamos começar um movimento a partir de nós mesmos , de nossas casas , nossa família ,nossos locais de trabalho,nossas relações,convocando a todas e todos a ocuparem os espaços de cultura, a tomarem posse da nossa cultura ,apreciando, tomando gosto,avaliando,criticando e consequentemente, também produzindo.
É preciso também que as secretarias de educação e cultura façam parcerias  com esses espaços culturais ,como política pública,com estrutura ,incluindo  transporte  , para  um trabalho conjunto onde as escolas , as classes menos favorecidas possam apoderar-se da nossa cultura.
Assim todos se beneficiam.Artistas e espaços com públicos e a  população mais rica de conhecimento,cultura;com identidade fortalecida.

domingo, 22 de maio de 2011

Mensageiros da alegria.

Muuuiiito prazeeer, muuiita alegrriia...

Senti vontade de comer pipoca.Então fui para a cozinha e pus- me a preparar...
Olhei os panos de prato , os bicos de crochê...o barulho do milho estourando, o cheiro, o sabor... de sal ou de doce?De chocolate???


“Rebenta pipoca no *#    da Ivone, rebenta pipoca no*#            da Bruninha..Hahahaha!”

Sentei em frente a TV “e lembrei de um tempo em que eu era criança”(me apropriando de um  verso de Cazuza)...
O mar invadiu meus olhos e as imagens minha mente.
Então revi momentos em que os mensageiros da alegria nos apresentaram pequenos prazeres ou “ensinaram” a subverter regras...
Naquela época , pequenas peripécias como ,“assaltar” o armazém do papai a noite para comer azeitonas e beber coca-cola ou me esconder,do meu pai e da minha mãe, para me poupar de ir a algum lugar que eu não queria ir.
Dizem que ela matava aula escondido do papai pra ir ao cinema, não posso atestar ,era muito pequena;mas fato era que, ela nos levava a contra gosto dos nossos pais ao Cine Ouro ,(Frida ou Casablanca? ?? )  para assistir aos filmes do Didi.Ah ,e também inventava pequiniques no Mutirama com os nossos sobrinhos.Saborosas também eram as tardes de cachorro quente nas Lojas Americanas ( o nosso shopping,rs...) e os pequenos agrados,pulseirinhas,enfeites de cabelo...
Por seu intermédio ouvi falar de Lagoa azul e curti a trilha sonora do filme  FAMA.
Ouvir som alto e dançar num barracãozinho apertado enquanto nossa casa era reformada, era uma diversão.
Quando ficávamos enjoados e alguém reclamava,ela dizia...Calma!É da idade!Tenha paciência!
  pouco tempo ela fazia desenhos de casas,ranchos que construiria e sugestões pra nós construirmos também;planejava viagens,mudanças...
Meu pai dizia que até então ela não tinha criado juízo e sorria um riso de satisfação.
A essas memórias veio se juntar as memórias de um outro personagem,de essência parecida a dela,que há alguns anos passou a integrar nossa família.Um primo ,namorado e depois marido de uma outra irmã, que nos apresentou o churrasco nos fins de semana, a cerveja, a dança,a festa,os clubes, as serestas,as piadas...
Ambos viam a vida por um prisma específico , da leveza, do prazer, da alegria...e tinham sede de viver ; talvez por intuirem que suas passagens por aqui seriam curtas,que suas partidas seriam bruscas,sem preparo,repentinas. Não sei...
O que sei é que ,com suas individualidades , contribuíram muito para um viver mais feliz..
Olho o retrato na parede da nossa casa (agora na minha memória),aquele em que constavam só os seis filhos mais velhos dos nossos pais e vejo aquele bebê de olhos vivos,sorriso aberto,vivacidade de menina levada e concluo...ali já se enunciava a mensageira da alegria.
E como não podia deixar de ser, sua última participação neste mundo foi em uma festa,vestida a caráter, comendo pipoca...“Rebenta pipoca...”
Ivone
22/05/2011

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

"Segredos", Siron Franco

A   mostra "Segredos", do artista plástico goiano Siron Franco  reúne uma enorme diversidade de materiais nas suas pinturas, quadros e esculturas .
Siron Franco
Pintor, desenhista e escultor, Siron Franco nasceu em Goiás Velho, GO, em 1947. Passou sua infância e adolescência em Goiânia, tendo sua primeira orientação de pintura com D.J. Oliveira e Cleber Gouveia. Começou a ganhar a vida fazendo e vendendo retratos. A partir de 1965, decidiu concentrar-se no desenho, seguindo os esboços grotescos e irreais que tinha em mente. Entre 1969 e 1971 residiu em São Paulo, freqüentando os ateliês de Bernardo Cid e Walter Levi, em São Paulo, e integrando o grupo que fez a exposição Surrealismo e Arte Fantástica, na Galeria Seta.
Após ganhar o prêmio Viagem ao Exterior no Salão de Arte Moderna em 1975, viajou pela Europa entre 1976 e 78. Dono de uma técnica impecável, dá uma atmosfera dramática a seus quadros com a utilização de tons escuros, cinza e marron. Com mais de 3.000 peças criadas, além de instalações e interferências, teve sua obra representada em mais de uma centena de coletivas em todo o mundo, incluindo os mais importantes salões e bienais. Essa exposição chega após um hiato de três anos.
Segredos
A série teve início com uma obra de 2001. Na tela recoberta de carvão são colados 17 Cd´s. O que eles contém, é um mistério, mas a composição recria a chave magnética do quarto de hotel em que o artista ficou hospedado na Venezuela. O ouro revela imagens enigmáticas e essa obra, “O Primeiro Segredo”, foi chave de abertura para a exposição abrindo o novo caminho ainda não descoberto.
Os segredos sugeridos nas telas ganham volume nas esculturas. Um fato autobiográfico é o impulso inicial da obra “Segredo número 21”, uma fogueira produzida em mármore sintético. A escultura, de 250 cm, impressiona pelos detalhes: imagens do repertório popular católico incrustadas em suas vigas horizontais.A série Segredos do artista plástico Siron Franco vai estar em exposição no Centro Cultural Oscar Niemeyer até 21 de abril. A visitação pode ser feita de terça a sexta-feira, das 10 às 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados, das 13 às 18 horas. O Centro Cultural Oscar Niemeyer fica na GO-020, quilômetro zero, saída para Bela Vista. A entrada é franca

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Lixo Extraordinário

Lixo Extraordinário concorre ao Oscar de melhor documentário,  apesar de ter personagens brasileiros e ter sido quase todo rodado no Brasil, o filme representa a Inglaterra na maior festa de Hollywood, a meca da indústria do cinema. Isso porque Lixo Extraordinário é uma coprodução internacional Inglaterra e Brasil.
A obra tem três diretores: a inglesa Lucy Walker e os brasileiros João Jardim e Karen Harley. O filme gira em torno do artista brasileiro Vik Muniz, radicado nos Estados Unidos, que resolve voltar ao Brasil em busca de inspiração para novos trabalhos. Ela chega por meio do contato com os catadores de lixo reciclável no aterro sanitário Jardim Gramaxo, no Rio de Janeiro, um dos maiores da América Latina. É ali, para onde são levados os detritos do consumo da sociedade, que centenas de trabalhadores encontram a matéria-prima que se tornará seu sustento de suas famílias.
Ao fotografar estas pessoas e depois utilizar suas imagens em composições artísticas, originais ou inspiradas em telas famosas, o artista Vik Muniz se revigora. Numa das contradições do mercado de arte, essas obras são vendidas a preços exorbitantes em galerias do primeiro mundo, paradoxo que o filme discute. Informação retirada do POPULAR


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Na hora do adeus

Acabei de ler este livro espírita Na Hora do Adeus;apesar de não frequentar essa religião,tenho buscado informações, conhecimentos na mesma.  O Espírito  Luiz Sérgio preocupa-se com o bem-estar dos que vão e dos que ficam e  nos ensina, em "Na Hora do Adeus", a não temermos o desencarne. Mostra  que espíritos treinados para o socorro de recém-desencarnados imediatamente se apresentam, acompanhando-os desde o processo de desprendimento até a sua total libertação do plano físico. E essa assistência se estende a todos nós, evoluídos ou não, do mais virtuoso ao mais imperfeito, mostrando que realmente ninguém está sozinho. Só depende da  aceitação do auxílio, porque o livre-arbítrio é respeitado pela Espiritualidade Maior.Luiz Sérgio enfatiza bastante a postura , o respeito que se deve  ter no velório;a ajuda da oração ; fala sobre como agir diante dos pertences do(a) falecido(a);da importância de pensarmos e nos prepararmos para a morte,que  de acordo com a doutrina espírita , não existe;mostra que nínguem vira santo de uma hora pra outra, um viciado,  um avarento, egoísta...não deixa de sê-lo só por ter desencarnado.O aprendizado , a  evolução continua além túmulo.Interessante!!!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

"Coco Chanel & Igor Stravinsky-o filme"

Assisti neste final de semana e recomendo...
O filme francês "Coco Chanel & Igor Stravinsky" conta a história do romance entre a estilista e o compositor russo. Durante a Revolução Russa, Igor Stravinsky fugiu em exílio para a França e foi convidado por Coco Chanel a viver em uma de suas casas de campo para continuar a compor.
Igor aceitou o convite e foi viver com a mulher e os filhos no local onde iniciou a composição de parte de suas mais conhecidas obras. No longa, ele se envolve com a estilista no momento em que ela também vivia o momento mais criativo de sua carreira.



http://www.youtube.com/watch?v=0xh719Kzeec&feature=player_embedded

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Terapia ajuda pessoas a superarem problemas por meio da conversa e do afeto








Grupo de funcionário do Tribunal Superior do Trabalho reunidos em roda de terapia comunitária: técnica de apoio coletivo A auxiliar de serviços gerais Selma Aparecida Boas, 28 anos, sofria por não conseguir abraçar. A impossibilidade de abrir os braços e acalentar as pessoas queridas se tornou, aos poucos, uma barreira que a segregava do mundo. “Sofria muito porque acabei me afastando daqueles que mais me queriam bem. Tive uma educação rígida e não conseguia demonstrar carinho”, relata. A angústia de Selma, no entanto, ficou no passado. A terapia comunitária integrativa foi o instrumento de resgate. “Com ela, pude enxergar que não estava sozinha. Todos nós temos problemas. Às vezes, nem os percebemos ou fazemos questão de escondê-los dentro de nós. Mas eles estão lá, promovendo sofrimento. O exemplo de superação de companheiros do grupo de que participo mudou a minha história. Com eles, aprendi a abraçar”, revela a moça. Ouvir e ser ouvido, falar para tirar da alma a dor que desencadeia males físicos são alguns objetivos da terapia comunitária integrativa (TCI), método que nasceu no Departamento de Estudos Comunitários da Faculdade de Medicina na Universidade Federal do Ceará (UFC) há 25 anos. Trata-se de uma metodologia desenvolvida pelo psiquiatra e antropólogo Adalberto Barreto. O médico percebeu que moradores da Favela de Pirambu, em Fortaleza, o procuravam na UFC para tratar males que não demandavam medicamentos. “As pessoas sofrem por serem ignoradas. Eu me dei conta de que, como psiquiatra, talvez estivesse medicalizando o sofrimento. Na universidade, não tínhamos como atender à demanda. Então, resolvi ir até a favela com os estudantes para ouvir os moradores do local”, explica o médico e professor. Uma pesquisa realizada ao longo dos 25 anos trilhados por Barreto e seus seguidores mostrou que 88% das pessoas que frequentam a TCI resolvem suas questões com a terapia. Só a minoria restante necessita de atendimento individual de psiquiatras e psicoterapeutas. Segundo o médico, a terapia não trabalha em cima das carências do ser humano, mas a partir de suas competências e virtudes. “A TCI entende que podemos amar porque fomos amados, mas também somos capazes de receber e dar amor, ainda que ele não tenha sido uma constante em nossa história”, atenta. As rodas, como são chamados os grupos de TCI, são coordenadas por terapeutas comunitários formados por um curso desenvolvido pelo próprio Barreto. Não é necessário ter formação superior, mas é fundamental ter um perfil mediador. ...
Leia mais ...

  http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/ciencia-e-saude/2010/12/14

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Artesanato em cabaças

Gueixa

Gueixa

Gueixa

Matrioska



Uma matrioshka, matriochka ou matrioska (em russo матрёшка ou матрешка, Matryoshka) ou boneca russa é um brinquedo tradicional da Rússia, constituída por uma série de bonecas, feitas de diversos materiais, ainda que o mais frequente seja a madeira, que são colocadas umas dentro das outras, da maior (exterior) até a menor (a única que não é oca). A palavra provém do diminutivo do nome próprio Matryona.

Artesanato em cabaças

             Bonecas gueixas e matrioska